segunda-feira, 9 de março de 2015

Caminhada = saúde + bem-estar

Disposição e um bom par de tênis. Isso é necessário para iniciar acaminhada, atividade física muito eficaz e democrática, que proporciona saúde e bem-estar. Uma atividade sem restrições de idade ou de local para ser praticado: jovens, adultos e  idosos, na rua, nos parques ou na academia.

Mesmo com praticantes de todas as faixas etárias e podendo ser realizada em qualquer lugar, essa atividade deve ser encarada como esporte. E como tal, exige cuidados e preparação.
Para se preparar para as caminhadas é importante fazer uma avaliação com um cardiologista para detectar possíveis riscos cardíacos envolvidos, já que algumas pessoas começam com a caminhada e evoluem para a corrida, o que exige maior esforço. O ortopedista pode ser consultado para uma avaliação do tipo de pé, observando formato e modo de pisar.
Os critérios mais importantes que devem ser considerados ao se comprar um novo modelo de calçado para caminhar são a estabilidade e o amortecimento que ele oferece. Com o tipo de tênis específico para cada pisada durante a caminhada – atualmente, as principais marcas do mercado procuram atender à demanda dos diferentes formatos de pés – o rendimento aumenta e diminui os riscos de lesões, sem nunca esquecer dos alongamentos para evitar dores e tendinites. Os principais alongamentos devem ser feitos para os músculos das coxas, panturrilhas e a musculatura da sola do pé.
Com os exames já realizados e o alongamento feito, é hora de começar. Sempre inicie em ritmo mais lento, para não forçar o corpo e causar lesões. Ao longo de alguns meses, a caminhada pode dar lugar à corrida, exigindo maior preparo físico do praticante. As corridas também podem ser realizadas em qualquer local, mas é preciso ter maior cuidado e atenção com terrenos acidentados, para evitar sobrecarga do joelho, tornozelo e quadris.
A caminhada ajuda a prevenir complicações cardiovasculares, diminuindo a incidência de varizes e tromboses, por fortalecer os músculos das pernas e panturrilhas, melhorando a circulação. Estudos realizados pelo médico americano Michael Roizen, afirmam que as caminhadas diminuem em até 30% a incidência de infartos e derrames cerebrais. Além disso, é uma atividade que envolve grande gasto calórico – até 400caloria/hora – e não sobrecarrega as articulações, como outros esportes de maior impacto.

domingo, 8 de março de 2015

O que nos faz envelhecer

O que realmente nos faz envelhecer



Virginia Pessoa
Você já deve ter observado algumas pessoas que apesar da idade cronológica já avançada não envelhecem. São homens e mulheres com 70, 80, 90 anos, joviais e interessantes, com os quais gostamos de estar, conversar, conviver, ouvir e aprender.
 Esse tipo de gente que não envelhece possui em comum as seguintes características: elas mantêm um constante interesse pelas pessoas e pelo mundo, são curiosas e nunca se cansam de aprender, são destemidas, não recusam um bom convite, um passeio, um papo agradável, a postura corporal é firme e ereta, não reclamam da vida nem resmungam, têm senso de humor e fazem projetos para o futuro. Isso nos mostra que a velhice não está na idade cronológica, no corpo, nas marcas e nem nas rugas que se ganha, mas está, isso sim, em um modo de ser e de estar no mundo.
 O que nos faz envelhecer são atitudes e posturas internas contra as quais devemos lutar incansavelmente, para não correr o risco de morrer em vida. Nesse sentido, é importante refletirmos sobre:
1- Hábitos e Manias
As manias são comportamentos repetitivos, gerados por crença ou repetição. Com o passar do tempo tendemos a criar e seguir regras que tolhem cada vez mais nossa liberdade. Por exemplo: tomar café pela manhã é um hábito, porém, se o café tiver que ser rigorosamente servido às 8h, se o pão tiver que estar ao lado esquerdo do prato, se eu só tomar o café se ele for servido na minha xícara amarela, então o hábito de tomar café se transformou em mania. No seu cotidiano, tente discernir o que é hábito e o que é mania e procure dissolver as manias assumindo uma postura mais flexível. Para se manter jovem é necessário cultivar bons hábitos e lutar contra as manias.
2- Medos
Conforme os anos passam, tendemos a perder a coragem, vamos ficando medrosos, muitas coisas começam a nos assustar: temos medo de sair à noite, de chegar tarde em casa, de ficar só, de adoecer… O medo é um sentimento que gela o sangue e paralisa a existência, por conta dele deixa-se de viver e o mundo se torna um lugar ameaçador. Para se manter jovem é necessário substituir, no coração, a sensação de medo pelo sentimento de confiança.
3- Falta de interesse pelo mundo e pelas outras pessoas
Uma das características do envelhecimento é perder o interesse pelo novo, por novos conhecimentos, novas pessoas, novos ambientes… O indivíduo que perde o interesse pelo mundo tende a concentrar toda a sua energia em si mesmo, fica egocêntrico e passa a acreditar que a vida gira em torno do seu umbigo, se torna incapaz de se encantar com a existência, não ouve e nem se interessa pelo outro, fala só de si mesmo, de seus problemas e mazelas, fica ranzinza e de constante mau humor. A curiosidade e o interesse pela vida são condições essenciais para o conhecimento e o crescimento pessoal. Sem eles, a existência se fecha em um círculo muito pequeno, um cubículo asfixiante e assustador para a própria pessoa que o construiu. É preciso, todos os dias, exercitar o interesse pelo que está fora de você. Comece procurando saber um pouco mais sobre as pessoas que a cercam, escute-as com atenção, tenha interesse pelos seus problemas, procure ajudá-las… Expanda o círculo da sua própria existência!
4- Postura corporal e emissão de “sons” lamurientos
Existem duas tendências as quais muitas pessoas se entregam que caracterizam om envelhecimento e que são quase que irresistíveis, mas que podem, e devem, ser evitadas: “largar” o corpo às leis da gravidade e emitir sons como “ahhh”, “uiii”, “ohhh”, “ummm” toda vez que se levantam, andam, agacham ou fazem qualquer outro tipo de movimento. É importantíssimo manter a postura corporal correta: espinha ereta, andar elegante, ombros alinhados, cabeça erguida, e ter sempre o cuidado para não fazer uma verdadeira sonoplastia toda vez que se move. Ambos os cuidados exercem um grande efeito sobre a mente, na medida em que, o que se deseja é caminhar pela vida até o fim, sem perder a dignidade.

quinta-feira, 5 de março de 2015

10 coisas que você não sabia sobre seu pênis Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/sexo/10-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-seu-penis Manual do Homem Moderno

Eles são nossos grandes companheiros. Pau pra toda obra, estão sempre lá quando a gente precisa. Bem, quase sempre. Para alguns são motivos de orgulho pelo tamanho e para outros apenas por se esforçarem bastante. Apesar de todo homem adorar o pênis que carrega no meio das pernas, pouco sabem sobre o orgão reprodutor. Ainda mais levando em consideração o quanto as mulheres frequentam a mais os ginicologistas e como as vaginas estão sempre em pauta em matérias sobre como “Onde achar o Ponto G?’. Neste sentido, um pênis é quase um estranho no ninho em um corpo masculino. Uma empresa de planos de saúde dos Estados Unidos preparou um infográfico com 10 coisas curiosas que você não sabia sobre seu pênis. Confira a lista abaixo e o infográfico no final do post. 1. Um orgasmo masculino pode durar até 6 segundos. Já um orgasmo feminino pode durar até 23. 2. Fumar pode diminuir seu pênis em até 1 cm. 3. Os médicos podem agora fazer “crescer” até 23 m² de pele para vítimas de queimaduras usando os prepúcios de bebês circuncidados. 4. 1 entre cada 400 homens é flexível suficiente para fazer sexo oral em si mesmo. 5. Existe um peixe que tem um pênis na testa. O nome dele é Phallostethus cuulong. 6. O pênis assume um formato de bumerangue durante o papai-mamãe. 7. O maior pênis do mundo tem 34 cm de comprimento. O dono dele se recusa a estrelar filmes pornôs. 8. Se não utilizado um pênis pode encolher até 2 cm. 9. Uma colher de sêmen pode ter até 7 calorias. 10. Existem cerca de 42 bactérias em um pênis. O número costuma ser menor se você é circuncidado.

Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/sexo/10-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-seu-penis
Manual do Homem Moderno

Pesquisadores britânicos determinam tamanho médio do pênis Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/sexo/pesquisadores-britanicos-determinam-tamanho-medio-do-penis?ref=home-sb Manual do Homem Moderno

Um dos grandes dilemas masculino é saber se o seu membro está de acordo com a média e passa pela aprovação de tamanho das mulheres. No segundo quesito, não poderemos responder a princípio, mas de acordo com um estudo realizado por cientistas britânicos, é possível saber o tamanho e a circunferência média do pênis. Para chegar ao número mágico, os médicos mediram 15,5 mil órgãos genitais de voluntários ao longo de 17 estudos. De acordo com a BJU International, o comprimento médio de um pênis ereto é de 13,12 centímetros e a sua circunferência média, 11,66 centímetros. Em repouso, o órgão tem 9,16 centímetros de comprimento e 9,31 centímetros de circunferência, também em valores médios. Segundo o mesmo estudo, apensas 2% da população mundial masculina conta com um pênis muito pequeno, quer dizer, com dimensões bem menores que a divulgadas pelo estudo. O mesmo percentual vale para homens com tamanhos muito maiores, os famosos bem-dotados. A pesquisa concluiu também que metade dos homens se encontram abaixo dos tamanhos médios apresentados, enquanto o restante apresenta medições um pouco superiores. Ou seja, se você considerava o seu membro inferior aos caras de vinte e poucos, relaxe, eles que são a exceção. Basta perguntar para qualquer mulher, e você vai saber que o importante mesmo não é o tamanho da varinha, e sim a mágica que ela pode fazer. Por isso, desencane do tamanho e confie mais no seu taco!

Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/sexo/pesquisadores-britanicos-determinam-tamanho-medio-do-penis?ref=home-sb
Manual do Homem Moderno

Novo estudo revela a média mundial de tamanho do pênis Mais de 15 mil homens ao redor do mundo participaram do estudo

Qual é o tamanho de pênis considerado 'normal'? A pergunta que atormenta a ciência e homens agora tem resposta. Pesquisadores acabaram de publicar no BJU International Journal of Urology um estudo que compilou análises sobre 15 mil homens ao redor do mundo. E os resultados, segundo os cientistas, vão assegurar boa parte dos caras de que 'está tudo certo lá embaixo'.
média mundial do tamanho do pênis? 13,12cm de comprimento quando ereto e 11,66cm de circunferência. Quando flácido, os números caem para 9,16cm de comprimento e 9,31cm de circunferência. 
Para quem duvida da seriedade do estudo: os pesquisadores quiseram fazer essa análise para munir médicos de gráficos e números que possam ajudar a aconselhar homens que sofrem com ansiedade pela questão. Existem casos, aliás, diagnosticados como 'Dismorfofobia' - um desconforto tão grande com o próprio corpo capaz de causar depressão, comportamento obsessivo e antisocial e até suicídio.
O fato é que apenas 2,2% dos homens têm pênis considerados anormalmente pequenos e aproximadamente a mesma porcentagem está no outro extremo, com órgãos muito maiores que o padrão.
Outra curiosidade é que os pesquisadores também não encontraram uma ligação entre o tamanho do pé e o do pênis.

Estudo mostra que boa parte dos idosos têm vida sexual ativa Pesquisa analisou pessoas com idades entre 70 e 80 anos




Um novo estudo da Universidade de Manchester analisou cerca de 7 mil homens e mulheres com idades entre 70 e 80 anos. A pesquisa, publicada no Archives of Sexual Behavior, mostrou que mais da metade dos homens (54%) e quase um terço das mulheres (31%) tem vida sexual ativa - em outras palavras, fazer sexo pelo menos duas vezes por mês.
De acordo com um dos autores, David Lee, essa pesquisa é importante porque os idosos são frequentemente subestimados em análises de comportamento sexual - e, por isso, esquecidos em importantes pesquisas que falam sobre a saúde sexual.
Os problemas mais frequentes relatados pelos entrevistados foram falta de desejo (32%) e dificuldades de atingir o orgamos (27%) nas mulheres. Os relatos dos homens apontavam que 39% tinham disfunções eréteis. Os homens também se mostravam mais preocupados com sua performance sexual - o que, segundo os pesquisadores, pode causar problemas de auto-estima.
O estudo também indicou que o afeto 'romântico' diminui com o passar dos anos - apenas 31% dos homens e 20% das mulheres afirmaram dar beijos e carinhos frequentes.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

70% dos idosos estão insatisfeitos com próprio corpo; autoimagem influi na saúde.


Quanto pior a pessoa se enxerga, menos se cuida; autoimagem ruim está ligada a estereótipos negativos ligados à velhice

É tudo uma questão de como a pessoa se vê. O tempo passa, a idade avança, o corpo muda e as rugas aparecem. A noção de ancião com muita experiência passa longe do contexto e logo aquele jovem independente se torna um idoso que morre de medo de dar trabalho para os outros. Não se trata apenas de vaidade, estudos mostram que quanto pior a percepção da autoimagem, pior é o cuidado do idoso com saúde, alimentação, socialização e atividade física. Basicamente, menos longeva a pessoa será.
Thinkstock/Getty Images
Insatisfação com a imagem tem relação com a falta de cuidado com a saúde
Um estudo realizado nos Estados Unidos com 338 homens e 322 mulheres mostrou que aqueles que tinham autopercepção mais positiva do envelhecimento, sem ligar a velhice à decadência física, por exemplo, tiveram maior sobrevida ao longo de 23 anos de observação.
No Brasil, a geriatra Laura Mariano da Rocha analisou a autoimagem e a autoestima de pessoas com mais de 60 anos em Porto Alegre e constatou que 70% dos pesquisados tinham alguma insatisfação corporal. Os homens queriam estar mais fortes e as mulheres, mais magras. Mais do que isso, ela concluiu que aqueles que se compreendiam como envelhecendo mal, tinham uma percepção ruim da saúde e da imagem corporal.
“A questão é que, quanto pior esta percepção, pior é o cuidado com a saúde, com o uso das medicações, com a atividade física. Pior é o envelhecimento”, diz. Para a geriatra, é preciso que os próprios idosos entendam que envelhecer é um processo que faz parte da vida. “Você sabia que a maioria dos idosos de Porto Alegre faz apenas uma refeição por dia? Seja porque não tem companhia, seja porque não tem autonomia para cozinhar.”
Veja galeria de famosos que viveram mais de 100 anos:
Niemeyer  - Figura chave da arquitetura moderna brasileira, ele morreu a 10 dias de completar 105 anos. Lúcido, trabalhou até o fim da vida. Foto: Reprodução
Dona Canô  - Mãe de oito filhos, entre eles os músicos Caetano Veloso e Maria Bethânia, ela morreu aos 105 anos, no dia de Natal de 2012, em casa . Foto: Resprodução
Dercy Gonçalves – Reconhecida pelo Guinness Book como a atriz com maior tempo de carreira no mundo, ela morreu em 2008, aos 101 anos. Foto: Reprodução
Jean Delannoy- cineasta francês, autor de filmes com artistas e intelectuais como Jean Cocteau, Anthony Quinne, Jean-Paul Sartre morreu aos cem, em 2008. Foto: Divulgação
Leni Riefenstahl - defensora do Hitler, a cineasta alemã dirigiu o Triunfo da Vontade, um dos maiores documentários e peças de propaganda. Ela morreu aos 101, em 2003. Foto: Divulgação
Jeanne Calment – A francesa, que fez esgrima até os 85 anos e fumou até os 117, morreu aos 122, em 1997. Ela conheceu Vincent Van Gogh e, aos 114, atuou em Vincent and Me. Foto: Divulgação
Irving Berlin – compositor, que compôs mais de 3 mil músicas, incluindo God Bless America e White Christmas, morreu aos 101, em 1989. Foto: Divulgação
James Strom Thurmond - o senador americano deixou o posto aos 100 anos e morreu seis meses depois. Foto: Divulgação
Henri Fabre - pioneiro da aviação francesa morreu em 1984, aos 102 anos. Foto: Divulgação
George Burns - comediante e ator americano marcado por sua sobrancelha arqueada e pelo charuto morreu 49 dias após completar 100 anos. Foto: Divulgação
Eugenio Gudin - Economista brasileiro foi ministro da Fazenda entre 1954 e  1955, durante o governo de Café Filho. Morreu em 1986, anos 100 anos. Foto: Divulgação
Claude Lévi Strauss - Antropólogo belga, morreu aos 100 anos, em 2009. Estudioso dos povos indígenas lecionou sociologia, de 1935 a 1939, na recém-criada USP. Foto: Divulgação
Charles Lane - Quando morreu, aos 101, em 2007, era o mais velho ator americano vivo. Fez mais de 250 filmes, além de programas de TV. Foto: Divulgação
Bob Hope - Artista nascido em Londres em 1903 migrou para os EUA na juventude e morreu aos cem anos, em 2003. Foto: Divulgação
Albert Hofmann - Suíço, descobriu o LSD e estudioso de outras substâncias alucinógenas, morreuu em 2008, anos 102 anos. Foto: Divulgação
Rainha Elizabeth - Conhecida como a rainha-mãe, monarca morreu aos 101 anos, em 2002. Foto: Divulgação
Niemeyer - Figura chave da arquitetura moderna brasileira, ele morreu a 10 dias de completar 105 anos. Lúcido, trabalhou até o fim da vida. Foto: Reprodução
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Essa autoimagem ruim não é por acaso. Os estereótipos negativos relacionados ao envelhecimento são criados pela sociedade e assimilados ao longo da vida. “Eles são aceitos e incorporados pelos jovens sem muito questionamento. Ao envelhecer, estes conceitos prévios fazem parte da personalidade dos indivíduos e podem produzir efeitos negativos de incapacidade e inutilidade”, afirma Laura em sua dissertação de mestrado defendida na PUC-RS.
Qualidade de vida pra quem?
Envelhecer com qualidade é o grande desafio, principalmente para um país como o Brasil, que terá um rápido envelhecimento da população nos próximos 20 anos. No entanto, qualidade de vida é um valor subjetivo. Acesso a bons médicos, exames com bons resultados e conta bancária podem dizer que tudo está bem, mas o idoso pode não sentir que tem qualidade de vida. O contrário também acontece. “Mesmo a pessoa numa condição objetivamente ruim, pode nas piores condições achar a vida boa”, disse Sérgio Paschoal, médico geriatra do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Sem voz numa sociedade que não respeita a opinião dos mais velhos e com uma autoimagem ruim, a depressão em idosos se torna mais corriqueira. Um dado que mostra isso é a taxa de suicídio para homens brancos com mais de 65 anos ser cinco vezes mais alta do que a da população em geral.
De acordo com dados de estudo liderado por Maria Cecília Minayo, da Fiocruz, a taxa de suicídios de pessoas com mais de 65 anos passou de 12 a cada cem mil pessoas para 15,8 a cada cem mil, entre 1980 a 2006. A situação é considerada de média gravidade quando passa de dez suicídios a cada cem mil.
“Não é por achar que a vida econômica está ruim, mas achar que perdeu o sentido de viver. Eu posso até ser pobre, mas o que importa é a vida fazer sentido”, disse Sérgio Paschoal.
O sentido da vida para João Antônio Ramos, de 91 anos, é beber seu vinhozinho diário, receber a família para jantar e planejar suas viagens anuais para Portugal. Muita coisa aconteceu desde o dia que o engenheiro eletricista português chegou ao Brasil, em 1954. Era para permanecer apenas seis meses. O tempo passou e ele foi ficando. Logo se casou, teve seis filhos, 14 netos e agora uma bisneta. “Ainda”, brinca.
A aposentadoria há 30 anos não o deixou deprimido, como é comum acontecer. “É uma mudança, mas a gente supera com outras coisas. Em vez de trabalhar, lê um livro. Querendo, não falta coisa para fazer”, diz com a serenidade típica de quem pode se tornar um centenário.
Até lá, segue sua rotina. Acorda às 9 horas, lê o jornal, faz exercícios como “saltitar, baixar e levantar”, depois dá uma volta, vai ao banco ou encontra um parente. Em julho pretende ir a Portugal encontrar os primos. “Pois meus pais já morreram”, brinca.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Seis passos para se tornar um idoso saudável


Por Maria Fernanda Ziegler  - Atualizada às 

Herança genética é apenas uma das razões da vida longa; viver bem e bastante implica em cuidar da saúde física e emocional

Reuters
Manter cabeça e corpo ativos faz a vida ter mais graça; boa autoestima aumenta longevidade
Quem não quer uma velhice segura e livre de doenças? Se existisse uma receita infalível para isso, certamente ela já teria sido vendida e publicizada há muito tempo. Mas não, não há uma fórmula com garantia de eficácia e telefone de contato para reclamações futuras. O que existe, isso sim, são algumas dicas que podem ajudar na busca por qualidade de vida.  
Genética, alimentação saudável e atividade física são fatores que estão na linha de frente para conquistar uma vida mais longeva. Além disso, pesquisadores, cada vez mais, apostam na fórmula de levar a vida mais leve e saber se relacionar como um trunfo para a uma boa velhice. O clichê “vive mais quem vive bem” está mais que em alta.
Para fazer valer o clichê, dizem os médicos, os cuidados têm de começar cedo, muito antes da chamada terceira idade. “Esta preocupação tem que começar antes da infância. Tem que estar no currículo escolar”, diz o geriatra Salo Buksman. O consolo é que, mesmo tarde, ainda vale a pena. As indicações para ter uma vida saudável e combater doenças valem para os 30, 40, 50, 60 e até para quem tem 100 anos.
Veja abaixo alguns itens para ficar de olho: 
1. Genética
Ainda não se sabe exatamente o peso da genética na longevidade. Mas ela conta. Por isso, é bom saber como e com quantos anos morreram avós, bisavós e tataravós. De acordo com o geriatra Salo Buksman, a genética explica porque algumas pessoas consomem grodura e outros alimentos pouco saudáveis e continuam cheias de saúde por muitos anos.
O também geriatra Alessandro Campolina afirma que quem tem avós e pais longevos deve ter ainda mais empenho em se cuidar. “Essa informação é importante para quem tem uma genética favorável. Ter avós que viveram 90 anos pode ser um indicativo maior para se cuidar e chegar com saúde aos 100 anos”, disse.
2. Atividade Física
Este é o fator de envelhecimento saudável número um, já que para a genética é preciso contar com a sorte. Buksman afirma que o ideal é fazer atividades aeróbicas - como caminhada - e também as que fortaleçam a musculatura. “Além de fazer bem para a saúde, ajuda a manter a força muscular, o que evita quedas" diz.
A frequência e a intensidade de atividade física variam de idade para idade. Antes dos 60 anos, a indicação é que a pessoa saudável não seja sedentária, que caminhe pelo menos 40 minutos por dia e faça semanalmente atividades que fortaleçam os músculos. Depois disso, vale a máxima 'faça o quanto é bom para você'. Mas nada de preguiça, hein? Velhinhos de 90 ou 100 anos devem percorrer algumas vezes um corredor, por exemplo, ou fazer uma série de três levantadas seguidas da cadeira. Já está mais que bom.
3. Atividade Mental
“É preciso se manter ativo socialmente, se sentir útil, senão a vida perde a graça”, diz Buksman. Para isto, ele afirma que vale cuidar dos netos, ser voluntário depois de se aposentar e principalmente criar, produzir algo novo. Se levarmos em conta que a expectativa de vida do brasileiro é atualmente de quase 80 anos, ainda há muita história pela frente quando se chega aos 60. Não é o caso de se manter inativo, sem nada para criar ou produzir.
Para evitar o envelhecimento acompanhado de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e mal de Parkinson, especialistas indicam exercícios mentais, como leitura, jogos de palavra cruzada, música. “Mas não é para fazer uma coisa ou outra, é preciso exercitar todas as funções cognitivas”, diz Paulo Camiz, geriatra do Hospital das Clínicas.
4. Dieta Saudável
Médicos afirmam que uma dieta pobre em gorduras prolonga a vida. A mais indicada é a dieta mediterrânea. Ao valorizar o consumo de peixe, frutas, verduras, legumes e cereais, e limitar o de carnes vermelhas e laticínios, a dieta evita os quilos extras que vêm com o envelhecimento e reduz os riscos de doenças cardiovasculares.
Conheça alimentos ricos em antioxidantes
FRAMBOESA. Foto: Getty Images
ESTRAGÃO. Foto: Getty Images
NOZES. Foto: Getty Images
PIMENTA VERMELHA. Foto: Getty Images
CHOCOLATE MEIO AMARGO. Foto: Getty Images
MANJERONA FRESCA. Foto: Getty Images
TOMILHO FRESCO. Foto: Getty Images
MOSTARDA AMARELA (SEMENTE). Foto: Getty Images
PIMENTA PRETA. Foto: Getty Images
GENGIBRE EM PÓ. Foto: Getty Images
PIMENTA BRANCA. Foto: Getty Images
CURRY EM PÓ. Foto: Getty Images
COMINHO (SEMENTE). Foto: Getty Images
CACAU EM PÓ. Foto: Getty Images
MANJERICÃO SECO. Foto: Getty Images
NOZ MOSCADA. Foto: Getty Images
SALSA. Foto: Getty Images
AÇAÍ. Foto: Getty Images
BAUNILHA EM FAVA. Foto: Getty Images
AÇAFRÃO-DA-TERRA. Foto: Getty Images
CANELA. Foto: Getty Images
TOMILHO SECO. Foto: Getty Images
ALECRIM SECO. Foto: Getty Images
ORÉGANO SECO. Foto: Getty Images
CRAVO. Foto: Getty Images
FARELO DE SUMAGRE. Foto: Getty Images
FRAMBOESA. Foto: Getty Images
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Moderação também é importante. ”Comer excessivamente também é ruim. É preciso evitar a obesidade, que desencadeia várias doenças: desde as no coração até as artroses, que limitam o idoso e fazem com que ele perca a autonomia”, afirma o geriatra Salo Buksman
5. Vida emocional estável
Estudos mostram que ter uma boa vida em família tem relação com a longevidade. Ter um casamento estável, baseado em uma relação de muito amor e confiança é uma característica comum entre as pessoas longevas. Isto porque a maneira como lidamos com as emoções também conta para a longevidade. “As preocupações e os problemas da vida têm um peso alto na longevidade”, disse Marcelo Levites, médico de Família do Hospital 9 de Julho.
Uma pesquisa recente mostrou que a solidão aumenta o risco de morte de idosos ainda mais que a obesidade. “Vemos que chegar a muitos anos de vida é uma conquista que tem relação muito forte entre a estabilidade no casamento, com a família, além da ausência de eventos de depressão", diz Buksman.
6. Controle rigoroso de doenças degenerativas
Os problemas cardiovasculares e o câncer são as doenças que mais matam no mundo. Além de cuidados com a alimentação e  a prática de atividades física, hábitos como o álcool e o fumo também são fatores de risco. Alguns estudos até atribuem a maior longevidade das mulheres em relação aos homens por causa do menor consumo de álcool e cigarro. “Temos uma população grande que morre antes dos 80, 70 por causa destas doenças”, resume Buksman.