segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Excesso de vitamina C dobra o risco de pedras nos rins



  • Pesquisa apontou doença em homens que tomavam 1g da substância regularmente; dose recomendada para adultos é de 40mg diários


16.04.1998 - MARCO ANTÔNIO TEIXEIRA - JF - VITAMINA C. Foto: Marco Antônio Teixeira
16.04.1998 - MARCO ANTÔNIO TEIXEIRA - JF - VITAMINA C. Marco Antônio Teixeira
OSLO - Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, examinaram a incidência de pedras nos rins em 23.355 homens, ao longo de 11 anos, e descobriram que, aqueles que tomavam suplementos de 1g de vitamina C regularmente dobravam as chances de desenvolver o problema. Já aqueles que tomavam a vitamina C como parte de multivitamínicos, que têm doses muito menores da substância, não tiveram aumento no risco de desenvolver o problema.
Pedras nos rins são pequenos cristais que podem bloquear as vias urinárias e causar intensa dor. O problema afeta entre 10% e 20% dos homens e entre 3% e 5% das mulheres.
Autoridades de saúde recomendam a dose de 40mg de vitamina C por dia para adultos e alertam que a superdosagem pode causar dores estomacais, flatulência e diarreia, mas não mencionam pedras nos rins.
O professor Agneta Akesson, que coordenou o estudo, publicado na “JAMA Internal Medicine” disse que “já que os benefícios das altas doses de vitamina C não estão bem documentados, a melhor coisa a fazer é não ingerir suplementos, principalmente se a pessoa já sofreu de pedras nos rins”.
Já Carrie Ruxton, do Serviço de Informações sobre Suplementos de Saúde, acredita que ao apontar os riscos em homens o estudo não se aplica às mulheres:
- Está provado que doses de 500mg de vitamina C reduzem a duração de resfriados, então vale a pena tomá-los.

Bactéria vilã do estômago pode ser benéfica contra obesidade




A bactéria Helicobacter pylori, agora considerada importante para manutenção da saúde, segundo cientistas
Foto: reprodução
A bactéria Helicobacter pylori, agora considerada importante para manutenção da saúde, segundo cientistas reprodução
RIO- Uma bactéria do estômago acusada de causar problemas de saúde - tais como gastrite, úlcera e câncer gástrico - pode desempenhar um papel duplo, com poder de equilibrar a flora estomacal, controlar o peso do corpo e a tolerância à glicose, descobriram imunologistas do Instituto de Bioinformática de Virgínia, da Universidade Virgínia Tech, nos Estados Unidos.
Tida como vilã nos estudos sobre doenças do estômago, a Helicobacter pylori infecta cerca de metade da população do mundo, embora a maioria dos infectados não fique doente. Um número cada vez menor da bactéria em habitrantes de países desenvolvidos coincide com a epidemia de obesidade e diabetes nestas regiões.
- O H. pylori é o membro dominante da microbiota gástrica e infecta cerca de metade da população mundial. Embora a infecção por H. pyloripossa estar associada a doenças graves, ajuda a controlar doenças inflamatórias crónicas, alérgicas ou autoimunes - disse Josep Bassaganya-Riera, diretor do Laboratório de Imunologia Nutricional e Medicina Molecular e do Centro de Imunidade de modelagem para patógenos entéricos (MIEP, na sigla em inglês) na Virginia Tech. - Nós demonstramos pela primeira vez que a colonização gástrica por H. pyloriexerce efeitos benéficos em rato de laboratório com obesidade e diabetes."
Durante os últimos 20 anos, a obesidade nos Estados Unidos aumentou drasticamente, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças, dos EUA. Cerca de 36% dos adultos norte-americanos e cerca de 17% dos jovens com idade entre 2 a 19 anos são obesos. A obesidade é o principal fator de risco para a diabetes tipo 2, e a incidência da doença aumentou em paralelo com as taxas de obesidade.
Camundongos infectados com H. pylori mostraram menos resistência à insulina do que os ratos ou camundongos não infectados, de acordo com o estudo, que foi recentemente publicado na “PLoS ONE”. Para a infecção ser considerada benéfica ou não, os cientistas acreditam que depende da interação entre a composição genética do H. pylori e da resposta imune do corpo infectado.

Estudo identifica droga capaz de impedir o ganho de peso


Pesquisadores americananos descobriram que um medicamento usado para tratar acne e asma inibe a ação de genes responsáveis por impedir que uma pessoa emagreça mesmo fazendo dieta

Ambos os camundongos eram obesos e foram alimentados com a mesma dieta. O animal da esquerda, porém, recebeu também o medicamento amlexanox, enquanto que o outro roedor não ingeriu droga alguma
Ambos os camundongos eram obesos e foram alimentados com a mesma dieta. O animal da esquerda, porém, recebeu também o medicamento amlexanox, enquanto que o outro roedor não ingeriu droga alguma (Shannon Reilly/Michigan University)
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriram que o amlexanox, uma droga anti-inflamatória e antialérgica prescrita para tratar problemas como asma e afta, pode ajudar a combater a obesidade e até reverter quadros de diabetes. Isso porque, segundo descobriram os especialistas, o medicamento é capaz de alterar o metabolismo e fazer com que uma pessoa deixe de armazenar calorias em excesso. O estudo, que é preliminar, feito com camundongos, foi publicado neste domingo na revista Nature Medicine.

Conheça a pesquisa

ONDE FOI DIVULGADA: periódico Nature Medicine
QUEM FEZ: Alan Saltiel e equipe
INSTITUIÇÃO: Universidade de Michigan, Esta
RESULTADO: O amlexanox, uma droga anti-inflamatória e antialérgica prescrita para tratar problemas como asma e aftas, inibe a ação dos genes IKKE e TBK1. Esses genes são responsáveis por fazer com que uma pessoa armazene muitas calorias quando ingere menos alimento — ou seja, não consiga perder peso quando está de dieta. Camundongos obesos que tomaram o remédio perderam peso em relação a animais alimentados da mesma forma, que continuaram obesos.
"Uma das razões pelas quais uma dieta não funciona em algumas pessoas é que o corpo delas se ajusta ao menor consumo de calorias com a redução do metabolismo. Assim, o metabolismo está 'defendendo' o peso corporal do indivíduo" diz Alan Saltiel, diretor do Instituto de Ciências da Vida da Universidade de Michigan e principal autor do estudo. Ou seja, o organismo de determinadas pessoas passa a armazenar cada vez mais calorias à medida que menos calorias são ingeridas. Segundo Saltiel, sua equipe concluiu que o amlexanox reverte esse ajuste do metabolismo e faz com que o corpo gaste mais energia.
Em um estudo anterior, Saltiel e sua equipe descobriram que dois genes, o IKKE e o TBK1, são responsáveis por fazer com que o organismo de algumas pessoas busque esse 'equilíbrio metabólico' e passe a armazenar mais calorias quanto menos calorias são consumidas. A partir desse achado, os pesquisadores realizaram uma série de testes para encontrar uma substancia capaz de inibir esses dois genes, e concluíram que o amlexanox é eficaz nesse sentido.
A equipe, então, testou o amlexanox em camundongos obesos e comparou esses animais com outros que receberam a mesma dieta, mas não o remédio. De acordo com os resultados, a droga, de fato, inibiu a expressão dos genes IKKE e TBK1, e os roedores que receberam o remédio perderam peso. Além disso, esses animais apresentaram uma melhor sensibilidade à insulina — o que indica um menor risco de diabetes. "Como o amlexanox já é usado e se mostra um medicamento seguro aos pacientes, ele pode ser um candidato interessante para o tratamento clínico contra a obesidade e doenças relacionadas ao excesso de peso", escreveram os autores no artigo.

Publicitária muda estilo de vida após anos de sedentarismo e perde 38 kg


Roberta ficou sem fazer atividade física dos 20 aos 40 anos e ganhou peso.

Para tratar esteatose hepática, ela teve que emagrecer e mudar os hábitos.

Após 20 anos de sedentarismo, Roberta começou a se exercitar e conseguiu perder peso e ganhar saúde (Foto: Arquivo pessoal)Após 20 anos de sedentarismo, Roberta começou
a se exercitar e conseguiu perder peso e
ganhar saúde (Foto: Arquivo pessoal)
Foram necessários 20 anos de sedentarismo para a publicitária Roberta Carusi, hoje com 42 anos, perceber que precisava mudar o estilo de vida.
Natural da cidade de São Paulo, ela sempre teve problemas com o peso e lembra que não conseguia perceber que o excesso estava começando a prejudicar sua saúde. “Quando a pessoa é gorda a vida inteira, ela se acostuma e chega uma hora que aquilo não choca mais”, avalia.
O alerta veio em uma consulta ao médico, quando ela descobriu que estava com esteatose hepática - doença em que a gordura se acumula no fígado. “Fui fazer exames de rotina e o médico disse que a esteatose poderia evoluir para uma cirrose, então eu tinha que emagrecer, não tinha outro jeito”, lembra a paulistana, que na época estava com 123 kg.
Depois de anos acostumada com maus hábitos alimentares, Roberta decidiu procurar uma nutricionista para ajudá-la na reeducação da dieta. “Antes, eu não comia nada que brotava do chão, achava tudo ruim. Só comia fritura, salgadinhos, doces e industrializados”, conta.
A mudança, portanto, foi grande. Ela teve que trocar todos esses alimentos por opções mais saudáveis. “Não achava que era possível fazer 5 ou 6 refeições por dia, mas hoje eu não passo mais de 4 horas sem comer e meu paladar mudou, já gosto de frutas e verduras”, diz.
A publicitária teve dificuldades para se acostumar com o novo corpo e com a imagem que via no espelho; fotos mostram Roberta antes e depois de emagrecer (Foto: Arquivo pessoal)A publicitária teve dificuldades para se acostumar com o novo corpo e com a imagem que via no espelho; fotos mostram Roberta antes e depois de emagrecer (Foto: Arquivo pessoal)
Junto com a nova dieta, ela resolveu começar a se movimentar. A primeira opção foi a caminhada na rua. “Andava só 20 minutos em uma velocidade baixa e já voltava acabada”, lembra.
Com o tempo, ela foi emagrecendo e ganhando cada vez mais condicionamento físico, o que a fez aumentar a intensidade da caminhada até perceber que já podia entrar na academia. “Faço uma atividade todo dia, inclusive sábado e domingo. Além de caminhar e correr, faço musculação e ando de bicicleta”, conta.
Toda essa mudança valeu a pena e, dois anos depois, ela chegou aos 85 kg. Com 38 kg a menos na balança, ela diz que passou a se sentir melhor fisicamente e psicologicamente. “Nunca tinha percebido o quanto eu cansava subindo uma escada e, com o tempo, fui vendo que estava mais disposta e mais leve”, avalia. “A minha atitude também mudou. Antes, eu me escondia nas fotos, e hoje já sou exibida, me sinto mais à vontade e perdi aquela necessidade de me esconder”, afirma.
A minha atitude mudou. Antes, eu me escondia nas fotos e hoje já sou toda exibida, me sinto mais à vontade e perdi a necessidade de me esconder"
Roberta Carusi
Depois de perder peso, Roberta teve também que mudar todo o guarda-roupa. Com quatro números a menos no manequim, ela resolveu procurar novas peças para valorizar o corpo.
“Antes, eu comprava o que cabia, não o que eu gostava. Depois que emagreci, vi que tinha muito mais opções”, lembra.
A publicitária diz que levou um tempo para se acostumar com a nova imagem que via no espelho. “Mesmo magra, eu ainda me via gorda. Fui processando a ideia até me convencer de que eu tinha mudado fisicamente”, conta.
Além da mudança física, ela teve também mudanças na saúde e conseguiu reverter o quadro da esteatose hepática. “Além da gordura no fígado, na época eu estava pré-diabética e com a pressão alta. Depois, todos meus exames se normalizaram”, conta. Dois anos depois, a luta continua e ela ainda pretende perder mais 2 kg. “Consegui mudar só depois que admiti que sou a única responsável pelas minhas escolhas. Aprendi que escolher o que me faz bem é o único jeito de ser feliz e, por mais difícil que seja, vale muito a pena”, conclui.

Beber café reduz risco de câncer de próstata, diz estudo


Seis ou mais xícaras da bebida reduzem 20% das chances, diz pesquisa.

Trabalho foi feito pela Escola de Saúde Pública de Harvard, nos EUA.

Café próstata 1 (Foto: AFP Photo)Pesquisa da Escola de Saúde Pública de Harvard
mostra que seis xícaras de café podem reduzir em
até 60% o risco de câncer de próstata. (Foto: AFP)
Para reduzir os riscos de desenvolver um câncer de próstata, quanto mais café melhor, de acordo com um novo estudo publicado nesta terça-feira por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos.
Homens que bebem seis ou mais xícaras de café por dia apresentaram uma redução de 60% no risco de desenvolver um tipo extremamente letal de câncer de próstata, e uma redução de 20% no risco de sofrer com qualquer tipo de câncer de próstata em relação a homens que não consomem a bebida.
Até aqueles que bebem apenas entre uma e três xícaras por dia já se beneficiam com uma queda de 30% do risco de ter o tipo mais letal do câncer de próstata.
"Poucos estudos analisaram especificamente a relação entre o consumo de café e o risco de câncer de próstata letal, a forma mais violenta da doença, que é praticamente impossível de prevenir", destacou Lorelei Mucci, professora de Harvard e principal autora do trabalho. "Nosso estudo é o maior até hoje a examinar se o café é capaz de reduzir o risco de câncer de próstata letal."
Segundo os pesquisadores, os efeitos são os mesmos para o café descafeinado, o que leva a crer que o benefício está associado às propriedades antioxidantes e antiinflamatórias do café.
O câncer de próstata é a forma mais comum da doença diagnosticada anualmente entre os americanos, e as estimativas calculam que um em cada seis homens terá câncer de próstata ao longo da vida nos Estados Unidos.
Os principais fatores de risco associados à doença são as dietas ricas em gordura, consumo exacerbado de álcool e a exposição a produtos químicos, além da hereditariedade.
O estudo acompanhou 47.911 homens, que forneceram aos pesquisadores informações sobre seus hábitos de consumo de café entre 1996 e 2008. Ao longo da pesquisa, 5.035 deles desenvolveram câncer de próstata, incluindo 642 casos letais.

Remoção de próstata é eficaz contra câncer 'incurável', diz estudo


Cirurgia funciona nos casos em que a radioterapia não resolve.

Pesquisa internacional foi liderada por brasileiro.

A cirurgia de remoção da próstata é mais eficaz do que se pensava nos casos em que o câncer reaparece no órgão. A chamada “cirurgia de resgate” se oferece cada vez mais como uma cura para os pacientes em que a radioterapia não acabou com a doença, segundo estudo liderado pelo urologista brasileiro Daher Chade, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nova York, que contou com a participação de acadêmicos de todo o mundo, inclusive da Universidade de São Paulo (USP).
A pesquisa apresentada no último congresso da Associação Europeia de Urologia, na França, foi uma compilação de vários estudos anteriores -- o que é conhecido pelos cientistas como metanálise.
Tradicionalmente, há duas formas de tratar o câncer de próstata, quando ele é diagnosticado no início, ainda localizado: a radioterapia e a cirurgia.
A cirurgia é a remoção total da próstata, das vesículas seminais e dos gânglios. Essa cirurgia pode ser feita com acesso aberto, com a ajuda de uma câmera – laparoscopia – ou com um braço robótico. Os dois últimos métodos têm uma recuperação mais fácil, pois são menos invasivos, mas as três técnicas não têm diferença do ponto de vista do efeito sobre o câncer.
Se o tumor ainda não tiver atingido outros órgãos, a cirurgia elimina o câncer. Porém, metade dos pacientes que passam pela cirurgia sofre com a impotência sexual, e 15% deles têm incontinência urinária.
Por isso, muitos pacientes optam pela radioterapia. O tratamento com raios X não implica a retirada da próstata, por isso não dá tantos efeitos colaterais. Porém, nem sempre o tumor é completamente removido.
O foco da pesquisa liderada por Chade foi esse tipo de câncer reincidente. “Quando isso acontece, os médicos vinham considerando incurável”, afirmou o urologista.
A quimioterapia, segundo ele, é “paliativa”, pois não resolve o problema, apenas controla a doença por mais tempo. Além disso, o paciente precisa fazer tratamento hormonal, cujos efeitos colaterais sobre a potência sexual são até mais fortes que os da cirurgia.
O que esse estudo comprovou foi que a cirurgia de remoção funciona como uma cura também nesses casos em que o câncer ressurge – desde que localizado –, e não só no primeiro surgimento do tumor. “A técnica não é nova, o que é novidade é a aplicação da cirurgia nesses casos”, disse o médico.
Segundo Chade, praticamente 100% os pacientes que tentavam a cirurgia nesses casos sofriam de impotência e de incontinência. “Hoje, descobrimos 50% de impotência e 15% de incontinência. São dados parecidos com os da primeira cirurgia”, apontou.
“A grande novidade, que ninguém tinha juntado os dados ainda, é a respeito das complicações”, concluiu o pesquisador.
Na visão dele, o estudo traz mais uma opção de tratamento para um caso que era visto com pouca esperança no meio. “Agora depende de, no dia-a-dia, os médicos aplicarem o que foi descoberto”, ele disse.

Novo tratamento contra câncer de próstata diminui risco de impotência


Alternativa com ondas sonoras diminui ainda risco de incontinência urinária.

Doença é o tipo de câncer mais comum entre homens.

Um novo tratamento contra o câncer de próstata, que utiliza ondas sonoras de alta frequência, pode ser uma alternativa viável à cirurgia e à radioterapia com menos riscos de causar incontinência urinária e impotência, afirmaram cientistas em artigo publicado nesta terça-feira (17).
Um teste clínico, financiado pelo Conselho de Pesquisas Médicas britânico examinou a eficácia de um novo tratamento, conhecido como ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU, na sigla em inglês), capaz de alcançar áreas medindo apenas alguns milímetros.
"Os resultados demonstram que 12 meses depois do tratamento, nenhum dos 41 homens do teste tiveram incontinência urinária e apenas um em dez teve ereção fraca, ambos efeitos colaterais comuns do tratamento convencional", relatou um comunicado sobre o estudo, publicado na revista "Lancet Oncology".
"A maioria dos homens (95%) também ficou livre do câncer depois de um ano", acrescentou.
O câncer de próstata é a forma mais comum de câncer em homens.
O tratamento convencional consiste em radioterapia ou remoção cirúrgica da próstata, métodos que podem danificar o tecido saudável circundante, provocando em alguns casos disfunção erétil ou incontinência.
O HIFU atinge uma pequena área afetada pelo câncer. As ondas sonoras fazem com que o tecido vibre e esquente, matando as células cancerosas.
O procedimento é feito com anestesia geral e a maioria dos pacientes tem alta 24 horas depois, destacou o comunicado.
"Nossos resultados são muito encorajadores", afirmou o doutor Hashim Ahmed, que chefiou o estudo.
"Estamos otimistas de que homens diagnosticados com câncer de próstata possam, em breve, se submeter a um procedimento cirúrgico de um dia, que possa ser repetido com segurança uma ou duas vezes, para tratar seu problema com muito poucos efeitos colaterais. Isto representaria uma melhora significativa em sua qualidade de vida", continuou.
Um teste mais amplo será realizado com a finalidade de determinar se o novo tratamento, já em uso em hospitais por vários anos, é tão eficaz quanto o padrão.

Substituir alimentos refinados por integrais faz bem para a saúde



Valor calórico é quase igual, mas integral é mais nutritivo e evita doenças.

Especialistas explicam como fazer trocas para manter uma dieta equilibrada.

Os alimentos refinados e integrais têm praticamente o mesmo valor calórico, mas há uma grande diferença nas propriedades nutricionais de cada um deles.
Os integrais têm muito mais nutrientes, minerais e fibras e podem reduzir o risco de doenças do coração, AVC, infarto, diabetes, obesidade e até mesmo câncer, como explicaram o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Nádia Rocha Brito no Bem Estar desta sexta-feira (4).
O valor nutricional do integral é maior porque, durante o processo de refinamento dos alimentos, grande parte dos nutrientes é perdida - principalmente no caso do farelo e do gérmen (trigo), que são retirados nesse procedimento. Por isso, uma alimentação com integrais é muito mais saudável e nutritiva do que uma alimentação com refinados.
Pão (Foto: Arte/G1)
É preciso mais atenção com os carboidratos que, de preferência, devem ser integrais para prevenir danos à saúde.
Diversos alimentos do dia a dia podem ser substituídos, como o arroz, a farinha de trigo, a farinha de milho, o pão, o macarrão e os biscoitos. Geralmente, as pessoas não gostam do sabor dos integrais, por isso preferem os refinados - porém, a chef de cozinha Tatiana Cardoso tem uma dica de receita para deixar o arroz integral mais saboroso (veja no fim da página).
Cereais integrais também são boas opções para a dieta porque são ricos em fibras, antioxidantes, vitaminas, nutrientes e minerais. A ingestão de fibras, inclusive, é boa para limpar o organismo já que elas não são absorvidas no intestino. Fora isso, as fibras dão maior sensação de saciedade e fazem a pessoa comer menos. No programa, a nutricionista Nádia Rocha Brito deu uma sugestão de receita de uma farofa integral; veja abaixo como preparar.
Farofa integral
*receita da nutricionista Nádia Rocha Brito

Ingredientes:
- 100 gramas de linhaça
- 500 gramas de amêndoa
- 100 gramas de semente de girassol

Preparo:
- Bata tudo no liquidificador
- A farofa pode ser colocada em frutas e alimentos salgados
- Com a adição dessa receita nas refeições, a alimentação ganha grande quantidade de fibras
 
Como deixar o arroz integral mais saboroso (veja no vídeo ao lado)
*receita da chef de cozinha Tatiana Cardoso
Caldo com legumes
(usado no lugar da água na hora de cozinhar o arroz)

Ingredientes:
- Talo de salsinha
- Folha de brócolis
- Alho-poró
- Tomate
Preparo:
- Misture todos os vegetais; você pode usar também outras opções que tiver em casa
- Coloque água até cobrir os legumes
- Deixe ferver por cerca de 40 minutos em fogo baixo
- Tire do forno e coe o caldo
- Despeje o caldo e uma pitada de sal em cima do arroz na panela de pressão; deixe por, no máximo, 20 minutos
- Deixe mais 3 minutos cozinhando sem a tampa para evaporar o resto de água
- Se quiser dar mais gosto, coloque azeite, cebolinha, salsinha ou manjericão
Arroz doce integral
*receita da chef de cozinha Tatiana Cardoso

Ingredientes:
- Arroz integral
- Leite integral
- Açúcar mascavo
- Canela

Preparo:
- O arroz vai cozinhando com o leite e fica com gosto de doce de leite
- Demora mais tempo para cozinhar porque o arroz integral é mais duro

Mamografia pode ajudar a detectar precocemente câncer de mama


Exame deve ser feito em casos de pessoas com fatores de risco.

Câncer de mama é o tipo mais incidente em mulheres.

A mamografia é a radiografia das mamas, um exame que utiliza radiação para revelar possíveis alterações no órgão e que exige a compressão suportável das mamas para uma melhor detecção de nódulos e possíveis tumores.
Esse exame faz parte de um conjunto de ações que auxiliam a detectar precocemente o câncer de mama, tipo que mais mata as mulheres, e a tratá-lo. Ainda existe dificuldade de acesso à mamografia no Brasil pelo SUS porque os mamógrafos são subutilizados pela falta de funcionários e manutenção, entre outros problemas.

Para mulheres jovens com até 35 anos, o ultrasom é mais indicado porque o tecido mamário é mais denso. Se essas mulheres fizerem mamografia, não vai aparecer nada, a glândula mamária fica opaca. Com o passar dos anos, parte do tecido mamário se transforma em gordura e, neste caso, a mamografia é mais eficaz e enxerga melhor o tecido gorduroso.
No caso de pessoas com próteses mamárias, é feito o ultrasom e a mamografia. O diagnóstico da mamografia é um pouco mais difícil porque a mama não pode ser tão apertada. Algumas manobras, como separar o tecido mamário da prótese, são feitas para alcançar o melhor diagnóstico.
Arte Bem Estar Mamografia (Foto: Arte/G1)
O Instituto Nacional do Câncer, órgão do Ministério da Saúde, recomenda, para a população em geral, como método de rastreamento, que a partir dos 50 anos e até os 69 anos as mulheres realizem uma mamografia a cada dois anos pelo menos. Mas cada médico tem a autonomia para indicar o exame quando achar necessário.
Segundo o Inca, pessoas com parentes de primeiro grau (mães, irmãs) com a doença devem receber acompanhamento médico a partir dos 35 anos e realizar os exames indicados pelo profissional. Excesso de exames causa estresse e apreensão desnecessários. A mamografia também é recomendada antes de iniciar terapia de reposição hormonal, e durante a reposição anualmente, e também antes de cirurgia plástica.
Câncer de mama
O câncer de mama é o mais incidente em mulheres, representando 23% do total de casos de câncer no mundo em 2008, com aproximadamente 1,4 milhão de casos novos naquele ano. É a quinta causa de morte por câncer em geral (458.000 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição. Para o ano de 2012 foram estimados 52.680 casos novos, que representam uma estimativa de 52 casos para 100 mil mulheres. E há a estimativa de 12 mortes para 100 mil habitantes.
A taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada pela população mundial apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com 11,3 óbitos para 100.000 mulheres em 2009. As regiões Sudeste e Sul são as que apresentam as maiores taxas, com 12,7 e 12,6 óbitos para 100.000 mulheres em 2009, respectivamente.
Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Nos homens, alguns fatores de risco são iguais aos das mulheres: histórico familiar, obesidade, sedentarismo e antecedente de patologias mamárias.
Outros fatores de risco como ginecomastia (isso pode ocorrer com aplicações de hormônio), hiperestrogerismo, doença testicular, doença hepática, fratura óssea acima de 45 anos e a síndrome de Klinefelter podem também ser perigosos.
Dicas
A obesidade deve ser evitada por meio de dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos são importantes. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contraindicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos.
No vídeo ao lado, o ginecologista José Bento e a oncologista Marina Sahade tiram dúvidas dos internautas.
Estudos apontam que o brócolis é um alimento que pode auxiliar na prevenção do câncer de mama, porque contém indole 3 carbinol. Outros crucíferos como a couve-flor e repolho também contém essa substância que é anti-cancerígena.
Ainda não há certeza da associação do uso de pílulas anticoncepcionais com o aumento do risco para o câncer de mama. Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.
O INCA não estimula o autoexame das mamas como método isolado de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo.

Evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para a detecção precoce e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, traz consequências negativas, como aumento do número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames falsamente negativos e impacto psicológico negativo nos exames falsamente positivos. O exame das mamas feito pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade.
O exame clínico das mamas, quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. Deve ser feito uma vez por ano pelas mulheres entre 40 e 49 anos.
A mamografia (radiografia da mama) permite a detecção precoce do câncer, ao mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (medindo milímetros). Deve ser realizada a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica.
Mulheres muito jovens que necessitarem investigar nódulos devem associar ultrassom e mamografia, pois a mamografia muitas vezes não consegue detectar lesões e mamas muito jovens e muito densas.
Você sabia?
Embora a hereditariedade seja responsável por apenas 10% do total de casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver a doença.
Esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos. É o profissional de saúde quem vai decidir quais exames a paciente deverá fazer. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos também constituem fatores de risco para o câncer de mama. Mulheres que se encaixem nesses perfis também devem buscar orientação médica. As formas mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico e a mamografia.
A mulher tem direito a reconstruir a mama se ela tiver de ser retirada após um câncer, inclusive pelo SUS e pelos planos de saúde, mas muitas mulheres ainda demoram anos para ter acesso à cirurgia.
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente existem 1.535 mamógrafos no SUS. Uma auditoria do Denasus, iniciada em 2011, mostrou que 1.293 estão em uso (84%) e 224 sem uso (14 estão na embalagem e 18 não houve registro). O Ministério informou ainda que nos casos de mamógrafos quebrados, a administração local deve encaminhar a paciente para um hospital que tenha convênio com o SUS para fazer o exame. As dúvidas podem ser tiradas pelo Disque Saúde -- 136.

Exames das mamas são importantes para detectar precocemente o câncer


Mamografia deve ser feita todo ano após os 40 ou em suspeita da doença.

Pessoas que estão no grupo de risco devem tomar cuidados ainda maiores.

Realizar exames e se consultar com um médico é sempre a melhor medida de diagnosticar precocemente várias doenças.
No caso das mulheres, existe uma preocupação em relação ao câncer de mama e, por isso, é recomendado que elas façam o exame de mamografia anualmente após os 40 anos de idade ou quando há suspeita da doença, como alertaram o ginecologista José Bento  e o mastologista Luiz Henrique Gebrim no Bem Estar desta quarta-feira (30).
Arte Bem estar Mamografia (Foto: Arte/G1)
Pessoas que têm predisposição ao câncer devem tomar cuidados ainda maiores. Entre os fatores de risco, estão o histórico familiar, a idade, a menarca precoce, a menopausa tardia, a primeira gravidez depois dos 30 anos e também o fato de não ter filhos. A ingestão de bebidas alcoólicas, mesmo em quantidade moderada, também pode aumentar as chances do câncer, assim como a exposição a radiações ionizantes antes dos 35 anos.
O autoexame das mamas deve ser feito a partir da primeira menstruação, como parte da educação de saúde que incentiva que a mulher conheça o próprio corpo, mas ele não substitui os outros exames realizados por profissionais.
Por exemplo, a mamografia, que é feita em um aparelho de raio X, comprime as mamas e pode detectar lesões do câncer ainda em fases iniciais.
Porém, existem estudos sobre a efetividade da mamografia como estratégia isolada de rastreamento e, por isso, em alguns casos indica-se o exame clínico como medida adicional de diagnosticar o câncer. Esse exame consegue detectar um tumor de até um centímetro, se superficial. A recomendação é que ele seja feito anualmente, a partir da primeira menstruação.
Existe também o ultrassom da mama, que geralmente é pedido quando o médico tem dúvidas dos resultados dos exames clínico e da mamografia. Ele é mais indicado para mulheres de até 35 anos, quando o tecido mamário é mais denso.
No caso de mulheres com próteses nos seios, o ultrassom é ainda mais indicado já que o diagnóstico através da mamografia é mais difícil porque a mama não pode ser tão apertada.
O ultrassom serve para descobrir o tamanho do nódulo no seio – se tiver de 5 a 7 mm, é feita uma biópsia; se tiver menos de 5 mm, é feita uma mamotomia, uma cirurgia minimamente invasiva que retira microcalcificações que podem virar câncer. Após essa operação, a paciente pode ser logo liberada e o orifício pelo qual é introduzido a agulha de coleta torna-se imperceptível em poucas semanas.

Pílula anticoncepcional pode ter relação com o câncer de próstata


Hormônios da pílula chegam aos homens pela água e pela cadeia alimentar.

Câncer de próstata é o mais comum nos países desenvolvidos.

Um estudo publicado pelo “British Medical Journal” nesta semana relaciona o aumento dos casos de câncer de próstata ao uso da pílula anticoncepcional.
Estudos anteriores já haviam sugerido que a exposição ao estrógeno, um hormônio feminino, seja um fator de risco importante para o câncer de próstata.
Você deve estar perguntando como isso acontece, se a pílula é tomada pelas mulheres e a próstata é um órgão masculino. Acontece que os hormônios femininos presentes na pílula são substâncias que não se quebram facilmente. Eles são eliminados pela urina e entram na água ou na cadeia alimentar, de modo que acabam sendo ingeridos também pelos homens.
A pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, é uma análise de dados de diversos países em todo o mundo, comparando o uso de contraceptivos e a recorrência do câncer de próstata. Eles descobrem que métodos como o preservativo e o dispositivo intrauterino não estão associados ao aumento nos casos de câncer entre os homens, mas que a pílula está.
Os autores ressaltam que a pesquisa é especulativa e tem como objetivo iniciar uma discussão nesse sentido. A análise não deve ser tratada como uma relação de causa de efeito e nem leva a conclusões definitivas.
O câncer de próstata é hoje o mais comum nos países desenvolvidos, e o aumento coincide com a popularização das pílulas anticoncepcionais, que entraram no mercado há cerca de 40 anos.
Info Próstata Câncer 3 (Foto: Arte / G1)