terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Benefícios do Abacaxi



Benefícios do Abacaxi
Abacaxi é considerado “O Rei dos Frutos”, por ser rico em Vitaminas e Minerais, o Abacaxi oferece muitos benefícios a nossa saúde.  O Abacaxi é conhecido e adorado no mundo todo, mas poucos conhecem realmente os Benefícios do Abacaxi e suas Propriedades Medicinais.
Abacaxi ou Ananás é uma fruta da Família das bromeliáceas. O Abacaxi possui em sua composição a enzima bromelina, utilizada em muitos medicamentos como antiinflamatórios, digestivos e xaropes expectorantes.
A Bromelina está presente em todas as partes do Abacaxi, porém é encontrada em maior quantidade no caule do Abacaxi.
Para usufruir dos Benefícios do Abacaxi você deve consumir a fruta regularmente. O consumo pode ser feito in-natura, em forma de sucos, doces e também em receitas culinárias. Um dos sucos mais populares no verão é o Suco de Abacaxi com Hortelã. Veja abaixo a Composição Nutricional e os Benefícios Medicinais do Abacaxi.

Composição Nutricional do Abacaxi (em 100 gramas)


Calorias: 48 kcal
Proteínas: 0,54 g
Carboidratos: 12,63 g
Fibras: 1,4 g
Cálcio: 13 MG
Magnésio: 12 MG
Manganês: 1,17 MG
Fósforo: 8 MG
Ferro: 0,28 MG
Potássio: 115 MG
Cobre: 0,09 MG
Vitamina A: 56 UI
Vitamina B1: 0,79 MG
Vitamina B6: 0,11 MG
Vitamina C: 36,2 MG

Benefícios

 

- Fortalece os Ossos
- Reduz os níveis de Colesterol
- Auxilia na Digestão
- Auxilia no Tratamento da Sinusite
- Auxilia no Tratamento da Bronquite
- Auxilia no Tratamento da Tosse
- Reduz os Riscos de Formação de Coágulos Sanguíneos
- Ajuda a Emagrecer
- Acelera a Cicatrização dos Tecidos
- É um excelente Antiinflamatório
- Diurético – Excelente para quem retém muito Liquido
- Combate a Hipertensão Arterial
- Ajuda a eliminar cálculos renais
- Combate a Anemia – Devido sua acidez, O Abacaxi favorece a absorção do ferro
- Ajuda a Normalizar a Flora Intestinal
- Bom para quem tem prisão de ventre

Pesquisa liga bebidas diet a maior risco de depressão



Estudo indica que consumo de café reduz risco; para nutricionista britânica, estudo não significa que adoçante provoca depressão.


Pesquisa liga bebidas diet a maior risco de depressão (Foto: BBC)Pesquisa liga bebidas diet a maior risco
de depressão (Foto: BBC)
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos verificou uma possível ligação entre o consumo de bebidas diet e um maior risco de depressão.
O estudo realizado com 250 mil pessoas verificou que pessoas que consumiam quatro latas ou copos de refrigerantes ou sucos dietéticos por dia aumentavam o risco de depressão em até um terço.
A pesquisa, apresentada na reunião anual da Academia Americana de Neurologia, não indicou a causa dessa ligação.
O estudo também analisou o efeito do consumo diário de café e verificou que os consumidores contumazes da bebida tendem a sofrer menos de depressão.
Segundo os pesquisadores, as pessoas que bebiam quatro copos de café por dia tiveram 10% menos chance de serem diagnosticados com depressão ao longo dos dez anos do estudo do que aqueles que não bebiam café.
'Nossa pesquisa sugere que cortar ou reduzir o consumo de bebidas com adoçante ou trocá-las por café não adoçado pode reduzir naturalmente seu risco à depressão', afirma o coordenador do estudo, Honglei Chen, do Instituto Nacional de Saúde da Carolina do Norte.
Ele disse, porém, que mais estudos são necessários para explorar as causas dessa relação.
Os pesquisadores advertem ainda que os resultados se aplicam aos objetos do estudo - pessoas acima de 50 anos vivendo nos Estados Unidos -, mas podem não ser repetidos em outras amostras.
Críticas
Os resultados da pesquisa americana são contestados pela Associação Dietética Britânica. Para a nutricionista Gaynor Russell, porta-voz da organização, o estudo não significa necessariamente que adoçantes provocam depressão.
'Para começar, as pessoas que sofrem de depressão podem se ligar mais à ideia de que suas bebidas adoçadas provocam o problema e então adicionar uma inclinação em seus relatos de consumo passado, especialmente porque os refrigerantes nos Estados Unidos são muito demonizados. Além disso, pode ser que o consumo de bebidas dietéticas esteja ligado à obesidade e ao diabetes, o que podem ser em si mesmos causas para a depressão', afirma.
Segundo ela, 'os adoçantes não caloríficos têm um papel importante em dietas para as pessoas que tentam perder peso ou que têm diabetes, e certamente não é recomendável que elas substituam suas bebidas dietéticas por mais café'.
Russell afirma que a segurança dos adoçantes, como o aspartame, já foi extensivamente estudada por pesquisadores e é certificada por agências reguladoras
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Profissionais dão dicas de como melhorar a alimentação diária



Rosana Faria de Freitas

  • Fracionar as refeições, comendo pouco de cinco a seis vezes por dia é o que recomendam os especialistas
    Fracionar as refeições, comendo pouco de cinco a seis vezes por dia é o que recomendam os especialistas
A maior desculpa das pessoas quando querem justificar a alimentação malfeita e nada saudável é a falta de tempo. Porém, não há escapatória, é preciso conseguir este tempo, não só para poder escolher melhor o que se coloca no prato, mas para comer devagar e mastigar bem. Se não agir assim, além de não dar chance de o estômago informar ao cérebro que já está satisfeito, ingerir tudo às pressas contribui para a formação de gases.
"Mastigação errada resulta em menor absorção. E a pressa leva, inevitavelmente, a escolhas menos saudáveis", adverte o endocrinologista e nutrólogo presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento Wilmar Accursio.

É importante não cair na tentação de trocar uma refeição por frutas, por exemplo. "Muitos acreditam que comer uma maçã, em meio à correria do dia, é saudável. Não é. O almoço e o jantar devem ter um valor energético e nutricional adequado para suprir as necessidades metabólicas do organismo", sustenta a endocrinologista da Clínica de Especialidades Integrada Carolina Mantelli Borges.

Fracionar as refeições, comendo pouco de cinco a seis vezes por dia, é o ideal, assim como não permanecer mais de três horas em jejum. "Isso não só dificulta a perda de peso como leva a um consumo médio maior no momento seguinte, piorando disfunções como úlcera, gastrite, esofagite e colite", diz Wilmar Accursio. E cuide para ingerir todos os grupos alimentares e, portanto, nutrientes necessários.

Mantenha distância do fast e junk food. "Nessa hora, você manda para dentro gordura saturada e trans, sal, conservante, aditivos e condimentos em excesso. E deixa de fora proteínas, vitaminas, sais minerais, gorduras essenciais (ômega 3 e 9) e fibras", salienta Wilmar Accursio.

Prato colorido

Se optar por um prato colorido, são grandes as chances de acertar. Vitaminas, minerais e boas gorduras, distribuídas em diferentes frutas, verduras, legumes, grãos e sementes, são os nutrientes que seu organismo necessita. "Não monte um menu baseado somente em um tipo de alimento. Varie ao máximo, não deixando de fora os macronutrientes. Priorize vegetais, folhas e frutas, ricos em vitaminas, fibras e elementos essenciais", recomenda o nutrólogo da HealthMe Gerenciamento de Peso André Veinert.

Uma dica gostosa é começar a refeição sempre com um caprichado prato de salada. Já na hora de cozinhar, dê preferência aos óleos vegetais, como os de soja, milho, girassol, canola e oliva (se possível, azeite de oliva extravirgem). Não se esqueça de incluir no cardápio as leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico), as verduras cruas e os cereais integrais.

Substitua leite e seus derivados integrais (requeijão, iogurte, queijo gorduroso) pelas versões desnatadas. Em vez de queijos amarelos (mussarela, provolone, prato, parmesão), adote os brancos (minas, frescal, ricota, cottage). Se não abre mão dos doces, escolha os que engordam menos. Prefira frutas, em vez de sorvetes e tente comer pelo menos três delas diariamente. As menos calóricas são ameixa, melancia, melão e morango; maçã, pera e uva devem ser comidas com casca.

Consuma peixes ricos em ômega 3, como atum fresco, salmão, truta ou arenque grelhados, assados ou cozidos. Evite banha de porco e bacon na preparação e retire a pele do frango antes do cozimento. Opte sempre por sucos naturais e beba água durante o dia todo. Isso é essencial para a hidratação do corpo e ainda colabora para o controle do apetite.
  • Divulgação
    Sorvetes devem ser consumidos com muita parcimônia, pois são ricos em gorduras trans e açúcar, além de corantes e conservantes
Muita parcimônia

Uma lista de alimentos que não fazem bem seria enorme e eliminar radicalmente todos eles do cardápio, impossível. "O segredo é manter o bom senso e fazer escolhas de forma eficiente e, principalmente, equilibradas", diz a endocrinologista Carolina Mantelli Borges. Assim, o recomendado é consumi-los com muita, mas muita parcimônia.

Para começar, ela elege o açúcar, especialmente o refinado, que é muito calórico e sem valor nutricional. "Estimula o ganho de peso e pode levar à obesidade, além de aumentar o risco de diabetes, hipertensão e dislipidemias (disfunções relacionadas ao nível de lipídios no sangue)"- ensina.

O refrigerante é outro grande vilão, pois traz ativos artificiais e seu valor nutricional é nulo. "As substâncias químicas são ruins para estômago, esôfago e intestino, oferecendo carga elevada de fósforo, prejudicando o metabolismo do cálcio e afetando a qualidade de ossos e o crescimento", assegura o endocrinogista e nutrólogo Wilmar Accursio. Mesmo aqueles que não usam aspartame contêm cafeína, açúcar e produtos químicos, como corantes artificiais e sulfitos, altamente cancerígenos. Os rins são bastante afetados também.

Caldos e temperos industrializados também devem ser evitados, pois contêm altos teores de sódio e glutamato monossódico. Além de causar hipertensão, estudos mostram que o corpo usa glutamato como um transmissor de impulsos nervosos no cérebro. Assim, a substância vem sendo associada a dificuldades de aprendizado, mal de Alzheimer, mal de Parkinson e câncer.

Apesar de serem tão sedutores, sorvetes e biscoitos recheados não devem ser consumidos com frequência. Isso porque os primeiros são ricos em gorduras trans e açúcar, além de corantes, conservantes e sabores artificiais. Já os biscoitos trazem muitas gorduras saturadas, um risco para o colesterol, além de serem ricos em açúcar.

O excesso de sódio e de conservantes encontrados nos embutidos pode contribuir para o aparecimento de câncer. Eles também possuem alto teor de gordura saturada, que traz riscos à saúde, estimulando a elevação do nível de colesterol e aumentando a chance de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Já um estudo da Universidade do Havaí (EUA) apontou que o consumo do hot dog, nosso famoso cachorro quente, e de outras carnes processadas, pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. O nitrito de sódio encontrado nesses produtos é cancerígeno.

Campeões de audiência

Um dos campões de preferência dos brasileiros é o churrasco, porém, durante sua preparação, a fumaça do carvão libera alcatrão e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, substâncias com alto potencial cancerígeno. Portanto, um aviso para aqueles que adoram comer todas as semanas carne preparada deste modo: é algo muito arriscado.

Já os famosos salgadinhos são fontes de glutamato monossódico, elemento que causa flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso e irritabilidade, entre outros sintomas. Isso sem falar que a maior parte é frita em óleo e esse processo provoca alterações químicas no produto utilizado, que deixa de ser fonte de gordura insaturada (no caso dos vegetais) e vira gordura saturada que, em excesso, causa diversas doenças.

Batatas fritas, por exemplo, são ricas não apenas em gorduras trans como também em uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas.

Muito importante é lembrar, de novo, que tão importante quanto o que se come é o modo como se faz isso. Assim, não coma na frente da televisão, do computador ou quando estiver distraído. Preste atenção ao que está colocando para dentro do seu corpo. E lembre-se: não basta só comer bem, é preciso exercitar corpo e mente com atividades que lhe proporcionem prazer e bem-estar.

Cansaço e stress no trabalho são as principais causas para a falta de desejo sexual masculino



Segundo estudo europeu, problemas enfrentados no relacionamento, como brigas com a parceira, também contribuem para o problema

Sexo: Em pesquisa feita com mais de 5.000 homens, 14% deles afirmaram sofrer com falta de desejo sexual durante, ao menos, dois meses
Sexo: em pesquisa feita com mais de 5.000 homens, 14% deles afirmaram sofrer com falta de desejo sexual durante, ao menos, dois meses no último ano (Thinkstock)
O cansaço e o stress no trabalho são os principais fatores que podem prejudicar o desejo sexual masculino, apontou um novo estudo realizado na Europa. Por trás desses fatores, estão os problemas na relação, como brigas com a parceira ou a indisponibilidade do casal em dedicar-se ao relacionamento. A pesquisa, feita a partir de entrevistas com homens de diferentes países, como Portugal, Croácia e Noruega, foi divulgada nesta segunda-feira pela Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.
Participaram desse levantamento 5.255 homens heterossexuais, que responderam a um questionário pela internet. Segundo os resultados, 14,4% desses indivíduos admitiram falta de desejo sexual durante pelo menos dois meses no último ano, o que gerou situações como ejaculação precoce ou, sobretudo, incapacidade para manter a ereção.
Período - Essa prevalência foi ainda maior, de 24%, quando a pesquisa olhou apenas para os homens de 30 a 39 anos de idade. “Esse período da vida é, geralmente, quando eles se casam, têm filhos, se divorciam ou realizam um maior investimento na carreira profissional. É uma época que concentra vários eventos estressantes”, afirma Ana Alexandra Carvalheira, presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica e coordenadora do estudo. Por outro lado, apenas 10% dos homens com mais de 60 anos reconheceram perda de interesse sexual, seguidos pelos indivíduos de 18 a 29 anos (16,7%), de 50 a 59 anos (21,4%) e de 40 a 49 anos (21,5%).
“Há vários mitos em relação a esse assunto, como o de que o homem está sempre pronto ou que tem mais desejo sexual que a mulher. Acreditamos nisso apesar de não haver avaliações científicas suficientes para confirmar a crença”, diz Ana Alexandra Carvalheira. A autora realizou o estudo junto com os pesquisadores Aleksandar Stulhofer, da Universidade de Zagreb, na Croácia, e Bente Traem, da Universidade de Oslo, na Noruega.

Exercício físico, mesmo em pequena quantidade, pode prevenir perda de memória em idosos



Segundo pesquisa, a atividade física protegeria contra infecções e problemas imunológicos que podem anteceder a perda de memória na velhice

O cérebro dos idosos não perde para o dos jovens em velocidade em algumas tarefas
Fazer pouca atividade física com regularidade ajuda a evitar a perda de memória em idosos (Thinkstock)
Um novo estudo da Universidade do Colorado, em Boulder, nos Estados Unidos, mostra que fazer uma pequena quantidade de exercícios físicos regularmente pode proteger idosos de perdas de memória que acontecem subitamente após uma infecção, doença ou lesão na velhice. Segundo os pesquisadores, ratos de laboratório que corriam pouco mais de meio quilômetro por semana já estavam protegidos.
"Nossa pesquisa mostra que uma pequena quantia de atividades físicas no final da meia-idade em ratos foi eficiente para protegê-los contra inflamações exageradas no cérebro e deficiências de memória de longa duração, posteriores a uma infecção bacteriana”, diz Ruth Barrientos, coordenadora do estudo, que será publicado na próxima edição do The Journal of Neuroscience.
De acordo com Ruth, a descoberta é importante porque pessoas com idades mais avançadas são mais vulneráveis a deficiências na memória, que acontecem após uma sequência de problemas imunológicos, como infecções bacterianas, ou de cirurgias. "Terapias eficazes não invasivas são de um valor substancial", diz.
Pesquisas anteriores já demonstravam que o exercício físico protege contra declínios nas funções cognitivas associadas ao envelhecimento, além de proteger contra a demência. Pesquisadores também já haviam demonstrado que a demência é frequentemente precedida por infecções bacterianas, como a pneumonia, ou por outros desafios imunológicos – como cirurgias. "Esse é o primeiro estudo a mostrar que o exercício voluntário em ratos reduziu a susceptibilidade do envelhecimento às deficiências cognitivas que se seguem a uma infecção bacteriana", diz Ruth.
Durante a pesquisa, descobriu-se que ratos infectados com a bactéria E. coli apresentaram efeitos prejudiciais no hipocampo, área do cérebro relacionada com o aprendizado e a memória. Como as células imunes do cérebro, chamadas microgliócitos, tornam-se mais reativas com a idade, essa infecção bacteriana nos ratos mais velhos desencadeou reações inflamatórias de forma exagerada e prolongada. Mas, segundo Ruth, "pequenas quantidades de exercício impediram que houvesse inflamação exagerada no cérebro."
De acordo com os pesquisadores, o próximo passo agora é examinar o papel que os hormônios do estresse podem desempenhar na sensibilização dos microgliócitos. Eles esperam descobrir ainda se o exercício físico é capaz de reduzir esses hormônios em ratos mais velhos.

"Estamos medicando os idosos de maneira errada", diz farmacêutico americano



Figura controversa nos Estados Unidos, Armon Neel Jr. faz um alerta, no livro 'Are your prescriptions killing you?', para os perigos da supermedicação em idosos

Aretha Yarak
Supermedicação: mudanças no organismo dos idosos fazem com que muitos medicamentos tragam mais problemas que benefícios
Supermedicação: mudanças no organismo dos idosos fazem com que muitos medicamentos tragam mais problemas que benefícios (Thinkstock)
Há um risco adicional no coquetel de remédios que os idosos, muitas vezes, precisam tomar. Geralmente em número elevado, as drogas podem interagir de maneira perigosa entre si e provocar resultados inesperados e nocivos. Uma pessoa que ingere 10 remédios diferentes tem 44 interações medicamentosas (quando os remédios, combinados, anulam a ação um do outro ou produzem efeitos colaterais inesperados), que precisam ser analisadas. No caso de 15 remédios, essas interações sobem para 104, diz o farmacêutico americano Armon Neel Jr., ele próprio um senhor de 74 anos. Neel é autor do livro Are your prescriptions killing you? (Suas prescrições estão te matando?), sem lançamento previsto no Brasil. 

Perfil

Armon Nell Jr, farmacêutico de 74 anos, autor do livro Are your prescriptions killing you? (Suas prescrições estão te matando?, em tradução livre, sem lançamento previsto no Brasil).
Armon Neel Jr.farmacêutico e autor do livro Are your prescriptions are killing you?

Em 2012, Armon Neel Jr. foi premiado pela Sociedade Americana de Farmacêuticos Consultores por seu trabalho revendo prescrições e aconselhando pacientes sobre suas medicações. Estima-se que as recomendações feitas por Neel levem à economia de 2,5 milhões de dólares por ano nos Estados Unidos – além de salvar milhares de vidas. Cinco anos antes, o farmacêutico havia sido uma das primeiras pessoas a receber o prêmio Farmacêutico Geriátrico Certificado, da Comissão de Certificação em Farmácia Geriátrica.

Entre 1966 e 1977, Neel foi convocado pelo Conselho de Farmácia seis vezes por ter aconselhado pacientes sobre como tomar corretamente a medicação prescrita – só em 1990 as leis do estado da Geórgia passaram a permitir que farmacêuticos dessem tais tipos de orientações.

Desde 2000, Neel atende como conselheiro dando seu parecer sobre o plano de terapia medicamentoso em casas de repouso para idosos na Geórgia. Nos últimos quatros anos, ele tem se dedicado a desenvolver políticas, protocolos e mecanismos de avaliação que atendem às necessidades dos pacientes.
Com 40 anos de carreira, Neel é um ferrenho crítico da maneira como a medicina vem tratando pessoas acima dos 50 anos. Segundo ele, a maioria dos médicos prescreve drogas que causam mais prejuízos do que benefícios aos idosos. E isso aconteceria por dois motivos. O primeiro é a formação médica. "Eles não têm aulas aprofundadas sobre a química dos medicamentos e como eles interagem com o organismo", diz. A segunda é fruto de uma falha científica: existem poucos testes clínicos em voluntários acima dos 60 anos. Assim, a medicina precisa lidar com uma literatura falha sobre a ação dos medicamentos nessa faixa etária. 
Neel não defende terapias alternativas ou que os idosos abandonem tratamentos com medicamentos. Em entrevista ao site de VEJA, ele reconhece a importância dos medicamentos, mas diz que remédios consagrados, como a estatina, podem ser letais a idosos. E defende a tese de que o farmacêutico deveria ser o profissional responsável pela medicação. "A maioria dos idosos está, infelizmente, tomando remédios que não deveria."
Estamos medicando os idosos de maneira errada? A formulação química das drogas está muito mais sofisticada do que há algumas décadas. Isso, mesclado ao fato de que os médicos não compreendem claramente as mudanças químicas que acontecem no organismo das pessoas acima dos 50 anos, pode ser muito perigoso. Depois dos 30 anos, perdemos anualmente 1% das funções renais e do fígado. Aos 80 anos, um idoso tem 50% das funções desses dois órgãos. Os médicos não conseguem entender, por exemplo, que um remédio conhecido, famoso ou eficaz, que era benéfico à saúde daquele paciente aos 30 ou 40 anos, pode se tornar um perigo aos 60 anos. E isso acontece porque o corpo dele não metaboliza mais a droga da mesma maneira.
Por que alguns medicamentos se tornam perigosos para os idosos? Vamos pegar como exemplo o ansiolítico benzodiazepina. Esse medicamento começa a ser usado por volta dos 25 anos de idade, para dormir. Imagine, agora, o mesmo paciente aos 70 anos. As enzimas do fígado de uma pessoa de 25 anos metabolizam a droga de uma maneira específica. Aos 70 anos, porém, essas enzimas já não estão presentes na mesma quantidade. A droga não vai ser metabolizada corretamente, e acaba se depositando em demasia no organismo. E aí começam os efeitos colaterais. O paciente cochila enquanto está dirigindo ou sente tontura, cai e quebra um braço. A benzodiazepina funciona bem em pessoas jovens, mas não em idosos.
Qual a droga mais prescrita erroneamente para idosos? Provavelmente, as estatinas e os osteófitos, drogas usadas para fortalecimento ósseo. Em muitos casos, esses dois medicamentos podem ser letais para o idoso.Um dos efeitos adversos da estatina está relacionado com os músculos. A fraqueza e as dores musculares podem ser um dos sintomas da rabdomiólise induzida pela estatina. Essa condição se caracteriza pela perda do esqueleto muscular, o que leva as fibras a serem liberadas pela corrente sanguínea. Essas fibras são danosas aos rins. Quanto maior a dosagem de estatina, maiores os riscos de rabdomiólise. 
Existe uma quantidade de remédios que um idoso pode tomar de maneira segura? Apenas uma droga já pode ser inapropriada. E o número de riscos em potencial aumenta exponencialmente cada vez que você adiciona um novo medicamento. Vejo pacientes que estão tomando três drogas e uma delas é a causa da necessidade das outras duas. Então, quando você retira essa primeira medicação, acaba a necessidade das demais. Costumo dizer que, se você está tomando mais do que cinco remédios, o sexto está sendo usado para tratar algo causado pelo outros cinco. Mas isso não é necessariamente uma regra.
Há alguma relação entre medicação errada e o aumento nas quedas? Sim. Veja o caso de homens idosos com problemas na próstata, como hiperplasia da próstata. Um dos remédios usados é o chamado bloqueador alfa, uma droga para pressão sanguínea. Essa droga funciona dilatando as veias da próstata, o que melhora a urinação. Só que ela não age apenas na próstata, mas em todo o corpo. Então agora você tem veias grandes que o sangue precisa atravessar em todo o organismo. Isso pode levar à queda de pressão. Se o paciente faz movimentos abruptos, o sangue sai do cérebro e ele tem blackouts, fica zonzo. Esses episódios de hipotensão podem deixar o idoso com tonturas, e aumentar a incidência das quedas.
Os erros nas prescrições são fruto de má formação ou de falta de conhecimento generalizado? Não há muito treinamento em terapia com medicamentos na faculdade. Não se ensina a química dessas drogas e de que maneira ela se relaciona com a química do paciente. Os estudantes de medicina ficam mais tempo estudando doenças, diagnósticos e tratamentos. Muito do que eles aprendem sobre a droga em si é ensinado pelos representantes das indústrias farmacêuticas, que, normalmente, não são da área da saúde. O que eles apresentam ao médico é a versão boa do medicamento, nada de ruim sobre a droga vai sair deles. E também há pouca pesquisa feita com pessoas acima dos 65 anos, então não existe muito material de base. Por isso, conhecer a química de cada medicamento e como ele reage no organismo é tão importante.
O médico, então, não seria a pessoa mais indicada para medicar um paciente? Acredito que mais de uma pessoa pode fazer isso. A tecnologia mudou tanto nos últimos 40 anos, que é a hora dos médicos redistribuírem algumas funções. O farmacêutico deveria ser o responsável pelo gerenciamento da terapia com medicamentos. O médico faz o que ele é treinado para fazer: diagnostica e delimita o plano de tratamento. Mas o farmacêutico, pessoa mais treinada para essa função específica, deveria ficar a cargo dos medicamentos.
Como um paciente idoso pode saber se há algo errado com suas prescrições? Vamos dizer que ele vá ao médico porque tem algum problema, e o médico prescreva uma droga. Essa droga acaba não resolvendo o problema. O médico pode aumentar a dose ou acrescentar um novo remédio. Se isso acontecer, o melhor seria remover o primeiro medicamento — e não apenas acrescentar outros. Agora, se você está indo ao médico e está tomando duas ou três medicações, e aí uma nova droga causa sensações que não são naturais a você, volte ao médico ou ao farmacêutico e diga que esses novos sintomas estão sendo causados pela nova medicação.

Estilo de vida saudável adotado já na velhice também aumenta longevidade



Hábitos como praticar atividades de lazer e não fumar, mesmo se seguidos após os 75 anos de idade, elevam em até cinco anos a expectativa de vida

O cérebro dos idosos não perde para o dos jovens em velocidade em algumas tarefas
Idosos: Estilo de vida saudável seguido por pessoas com mais de 75 anos eleva em até cinco anos a longevidade(Thinkstock)
Um idoso que decide adotar uma vida mais saudável, mesmo já tendo passado pelos 75 anos de idade, também pode ter aumentada a sua expectativa de vida, sugere um novo estudo do Instituto Karolinska, na Suécia. Segundo a pesquisa, mudanças adotadas em uma idade avançada, como emagrecer, parar de fumar ou deixar de beber excessivamente, podem estender a vida de uma pessoa mais velha em até cinco anos.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Lifestyle, social factors, and survival after age 75: population based study

Onde foi divulgada: periódico British Medical Journal (BMJ)

Quem fez: Debora Rizzuto, Nicola Orsini, Chengxuan Qiu, Hui-Xin Wang e Laura Fratiglioni

Instituição: Instituto Karolinska, Suécia

Dados de amostragem: 1.800 idosos com mais de 75 anos de idade

Resultado: Pessoas com mais de 75 anos, mesmo que tenham uma doença crônica, podem viver até cinco anos a mais se adoterem hábitos como praticar atividades de lazer com frequência, não fumar ou largar o cigarro, consumir menos bebida alcoólica, não ter sobrepeso e seguir uma dieta correta
Essas conclusões foram publicadas nesta semana no site do periódicoBritish Medical Journal (BMJ). No artigo, os autores explicam que já é sabido que um estilo de vida não saudável pode contribuir para a mortalidade de pessoas idosas e que hábitos saudáveis adotados ao longo de toda a vida reduz esse risco. No entanto, eram incertos os efeitos desses hábitos adotados pela terceira idade sobre a longevidade de um indivíduo.
Essa pesquisa analisou, ao longo de 18 anos, a sobrevivência de 1.800 idosos maiores do que 75 anos com base em fatores modificáveis, como comportamento, atividades de lazer, estilo de vida, profissão e relacionamento social. Até o final do estudo, 92% dos participantes morreram e metade viveu mais do que 90 anos.
Sobrevivência — As pessoas com maior expectativa de vida foram mais propensas a ser do sexo feminino, a ter um maior nível de escolaridade, a seguir hábitos saudáveis, como praticar atividade física, seguir uma alimentação correta e não ter sobrepeso, a apresentar melhores relacionamentos sociais e a participar mais frequentemente de atividades de lazer do que os indivíduos que viveram por menos tempo.
Segundo o estudo, esses idosos com o menor risco de mortalidade viveram, em média, quatro anos (para mulheres) e cinco anos (para homens) a mais do que os participantes com maior risco de morrerem — ou seja, aqueles que fumavam, bebiam excessivamente, não praticavam atividades físicas ou de lazer e tinham um pobre relacionamento social. Essa maior expectativa de vida foi observada mesmo se o indivíduo tinha mais do que 85 anos e apresentava alguma doença crônica.
A pesquisa também mostrou que, em média, os fumantes morreram um ano mais cedo do que o restante dos indivíduos — tanto aqueles que nunca fumaram quanto os que deixaram o cigarro após os 40 anos de idade. Isso sugere, segundo os autores, que parar de fumar na vida adulta reduz os efeitos do tabagismo sobre a mortalidade. “Nossos resultados mostram que estimular comportamentos de vida favoráveis, mesmo em idades avançadas, pode aumentar a expectativa de vida, provavelmente por redução da morbidade", concluem os autores.

Corrida em ritmo moderado aumenta expectativa de vida em até seis anos



Estudo apontou que benefício é melhor com até 2,5 horas da prática na semana do que correr em intensidade exagerada

Praticar corrida já foi mais barato
Correr reduz risco de morte em até 44% (Thinkstock)
Praticar corrida regularmente aumenta a expectativa de vida de homens e mulheres em ao menos cinco anos, concluiu uma nova pesquisa apresentada nesta quinta-feira no encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, na sigla em inglês), em Dublin, na Irlanda. Segundo o estudo, uma maior longevidade pode ser alcançada com entre uma e duas horas e meia da atividade por semana em ritmo lento ou moderado.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Jogging-healthy or hazard?

Onde foi divulgada: encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, Irlanda

Quem fez: Peter Schnohr, cardiologista chefe do Estudo do Coração da Cidade de Copenhague

Instituição: Estudo do Coração da Cidade de Copenhague

Dados de amostragem: 20.000 homens e mulheres de 20 a 93 anos

Resultado: Correr de uma a duas horas e meia por semana reduz chances de morte em até 44% em homens em mulheres, além de aumentar em 6,2 e 5,6 anos a expectativa de vida dos sexos masculino e feminino, respectivamente. O benefício é maior quando a atividade é feita com essa frequência e em ritmo leve a moderado
Essa conclusão faz parte do Estudo do Coração da Cidade de Copenhague, um trabalho que vem sendo feito na Dinamarca desde 1976 com mais de 20.000 pessoas com idades entre 20 e 93 anos. Esse levantamento busca aumentar o conhecimento sobre prevenção de doenças cardíacas e também sobre outros problemas, como os de sono e de alergia, por exemplo. Mais de 750 pesquisas já foram publicadas ao longo desses anos a partir de resultados do estudo.
Como explicam os pesquisadores, há diversos trabalhos que sugerem que a corrida pode ser prejudicial para a saúde de adultos e idosos. No entanto, o novo estudo, segundo os próprios autores, ao buscar oferecer uma resposta definitiva ao assunto, concluiu que correr é bom para a saúde e aumenta a longevidade. “A corrida proporciona vários benefícios à saúde: melhora a absorção de oxigênio, aumenta a sensibilidade à insulina, reduz a pressão arterial e melhora as funções cardíaca e respiratória. E a boa notícia é que você não precisa fazer muito para conseguir esses efeitos positivos”, afirma Peter Schnohr, cardiologista chefe do estudo.
A pesquisa — Foram acompanhados, de 1976 a 2003, 1.116 homens e 762 mulheres que costumavam praticar corrida, e suas informações foram comparadas com as do restante dos indivíduos cadastrados no estudo, os quais não costumavam correr. Todos os participantes responderam a questionários sobre a frequência e o ritmo (lento, médio ou rápido) em que corriam. Os dados foram coletados quatro vezes: entre 1976 e 1978; entre 1981 e 1983; entre 1991 e 1994; e de 2001 a 2003.
No período do estudo, 10.158 pessoas que não praticavam corrida e 122 corredores morreram. A análise feita pelos especialistas mostrou que a corrida reduziu em 44% o risco de morte em indivíduos de ambos os sexos e aumentou a expectativa de vida em 6,2 anos entre os homens e em 5,6 anos entre as mulheres. Segundo os pesquisadores, o melhor benefício foi conquistado com a prática de uma a duas horas e meia de corrida por semana, especialmente quando esse tempo foi dividido em três sessões da atividade, em ritmo lento ou moderado, em uma semana. De acordo com os autores do estudo, essa intensidade é caracterizada quando uma pessoa, ao fazer esforço, se sente um pouco ofegante, mas não com muita falta de fôlego.
Segundo o trabalho, essa frequência surtiu efeitos mais positivos do que quando uma pessoa não corria ou realizavam exercícios com frequência e intensidade extremamente intensos. “Essa associação se parece com a estabelecida em relação ao consumo de álcool. Ou seja, o consumo moderado é melhor do que ser abstêmio ou ingerir quantidades excessivas da bebida”, diz  Schnohr .

Pesquisadores identificam genes da longevidade




Sabemos que fatores genéticos e ambientais contribuem para um envelhecimento saudável. Nos países desenvolvidos a expectativa de vida hoje está entre 80 e 85 anos. Fatores ambientais (dieta, exercício regular, fumo etc..) têm um papel importante. Mas o que dizer de famílias onde passar dos 90 ou até dos 100 anos é quase uma regra? Uma pesquisa liderada pelos cientistas Paola Sebastiani e  Thomas Perls da Universidade de Boston, com famílias de centenários, acaba de ser publicada na revista Sciences. De acordo com os pesquisadores, os resultados desse estudo permitirão estimar com 77% de certeza se uma pessoa terá expectativa de vida longa. Se for verdade, ler a palma da mão vai sair de moda.  Temo que muitas ciganas vão perder o ganha-pão……

O estudo foi feito com 1.055 centenários e 1.267 controles
Os pesquisadores partiram da hipótese que pessoas que conseguem viver até idades muito avançadas possuem variantes genéticas que têm um papel importante nessa sobrevida excepcional. Os cientistas identificaram 150 variantes ou SNIPS (single nucleotide polymorphisms) em centenários saudáveis, que poderiam ser usadas para prever se uma pessoa irá viver mais de 90 anos. Além disso, foram identificados 19 marcadores ou “assinaturas genéticas” em pessoas com longevidade excepcional (que vivem mais de 100 anos) que estavam presentes em 90% dos centenários.
Assinaturas genéticas
De acordo com os pesquisadores, essas chamadas “assinaturas genéticas” constituem um novo avanço em relação a genômica personalizada e medicina preditiva. Segundo a Dra. Paola, essa mesma metodologia poderá ser utilizada para prever, de modo mais preciso, o risco de que uma pessoa venha a desenvolver outras doenças complexas como Alzheimer, diabetes, Parkinson ou doença cardiovascular.
Variantes de longevidade são mais importantes que variantes de risco
Outro resultado muito interessante foi a observação que nas pessoas com os genes da longevidade, a presença de variantes que aumentam o risco para doenças cardiovasculares, Alzheimer ou Parkinson por exemplo não tiveram grande influência. Isto é, se você possuir os “genes” que aumentam a chance de você viver muito, os genes de “risco” não vão fazer diferença. Se isso for verdade, deveríamos começar analisando as variantes de longevidade. Se elas estiverem presentes, não precisamos nos preocupar muito com os outros.
Será que as pessoas vão querer se testar? Quais são os prós e os contras?
Todo mundo gostaria de saber que vai viver muito e principalmente de modo saudável. E se não possuirmos os tais “genes” da longevidade? Vamos viver intensamente e gastar tudo o que temos já que não vamos durar muito? Lembro-me do meu pai que brincava que muitos dos seus amigos, já na casa dos 70 anos, diziam-lhe que haviam feito uma economia prevendo que iriam viver no máximo dez anos. E ele perguntava ironicamente: e se você errou a conta e viver mais?
Quais são as outras implicações de saber que você viverá muito?
Além de poder estimar com mais precisão qual deve ser o tamanho do seu pé de meia, posso imaginar várias outras implicações. Por um lado, o seguro de vida deveria dar desconto se você tiver os genes da longevidade. Por outro, para os planos de previdência, os longevos representam um pesadelo. Imagine as pessoas vivendo 30, 40 anos após a aposentadoria. E se amanhã os planos de previdência resolverem exigir testes genéticos para saber se você corre o risco de viver muito? Se você tiver os 77% de chance pagará 700% a mais. Quem mandou herdar esse DNA? Agora, pague por isso. Outra coisa: se você for rico, não conte aos seus herdeiros. A probabilidade de você ter uma morte “acidental” pode aumentar…..
Mas e se o teste revelar que você não possui os genes da longevidade? Será que queremos saber? E você, caro leitor gostaria de ser testado?
Por Mayana Zatz

Variação genética ligada a um estilo de vida ativo aumenta a longevidade



Pesquisa descobriu que variante, que é ligada à ação da dopamina, é mais prevalente em pessoas que alcançam idades mais avançadas

O cérebro dos idosos não perde para o dos jovens em velocidade em algumas tarefas
Estilo de vida: Variação genética ligada a uma vida ativa social e fisicamente é prevalente em pessoas que vivem muitos anos (Thinkstock)
Cientistas americanos encontraram evidências genéticas que indicam que uma personalidade social, intelectual e fisicamente ativa está relacionada a uma vida mais longa. Segundo esses pesquisadores, a variação em um gene ligado à dopamina, neurotransmissor associado ao sistema de recompensa do cérebro, torna uma pessoa propícia a apresentar tais características. E, em um novo estudo, eles descobriram que a mesma alteração genética é encontrada mais frequentemente em pessoas que alcançaram — e até ultrapassaram — os 90 anos de idade. 
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: DRD4 Genotype Predicts Longevity in Mouse and Human

Onde foi divulgada: periódico Journal of Neuroscience

Quem fez: Deborah Grady, Nora Volkow, Robert Moyzis e equipe

Instituição: Universidade da Califórnia, Estados Unidos

Dados de amostragem: 310 pessoas com mais de 90 anos; 2.902 pessoas de 7 a 45 anos; e camundongos

Resultado: Uma variação genética no receptor de dopamina DRD4 está associado a um estilo de vida fisicamente e socialmente mais ativo. A prevalência dessa variante é alta em pessoas acima dos 90 anos e a presença de tal alteração proporciona vida mais longa em camundongos.
Os resultados da pesquisa, publicados na edição desta semana do periódicoJournal of Neuroscience, também mostraram que roedores com a variante viviam quase 10% de tempo a mais do que os outros. 
De acordo com os autores do estudo, a variação em questão ocorre no gene que codifica um dos receptores de dopamina, o DRD4. Esse é um dos genes que facilitam a comunicação entre os neurônios no cérebro e desempenham um papel importante no nosso sistema de recompensa.
Análise — Em um primeiro momento, a pesquisa se baseou nos dados do Estudo 90+, feito na Califórnia com pessoas que tinham uma idade maior do que 90 anos. Após olhar para as características genéticas de 310 idosos e compará-las às de um grupo de 2.902 pessoas de sete a 45 anos de idade, a equipe descobriu que a prevalência da variante foi 66% maior entre os mais velhos. Os cientistas depois fizeram testes em laboratório com camundongos e compararam o tempo de vida entre animais com e sem a variação.
"Embora essa variação genética não influencie diretamente a longevidade, ela é associada a traços de personalidade que vêm se mostrando importantes para uma vida longa e mais saudável. Tem sido bastante documentado o fato de que, quanto maior o envolvimento com atividades físicas e sociais, maior a probabilidade de vivermos mais", diz Robert Moyzis, pesquisador da Universidade da Califórnia em Irvine, nos Estados Unidos, e coordenador do trabalho.

Opinião do especialista

Roberto Muller
Médico geneticista e chefe do setor de genética do Hospital dos Servidores Públicos de São Paulo

"Tudo o que envolve comportamento, longevidade e qualidade de vida possui muitas variáveis, e não somente as genéticas ou as ambientais. São multifatoriais e podem ser influenciados por fatores como nível socioeconômico, etnia e o país onde o indivíduo vive.
Como os autores do estudo destacam no artigo, essa variação genética pode contribuir com um estilo de vida mais ativo e com a longevidade. Ou seja, pode até ajudar, o que eu acredito que ocorra, mas não é o único responsável por isso ocorrer.
Não podemos achar, por exemplo, que apenas essa variante nos faria viver mais e que somente quem a carrega será ativo ou terá maior expectativa de vida, mesmo se fumar ou se alimentar mal, por exemplo."

Estados Unidos dão sinal verde a salmão transgênico

 A FDA (agência que regula remédios e alimentos nos EUA) afirmou que um salmão transgênico que cresce duas vezes mais rápido que o normal não causaria grande impacto ambiental, o que abre caminho para a aprovação do primeiro animal geneticamente modificado para ser consumido por humanos. A agência ainda fará uma consulta pública sobre o tema, mas especialistas veem a declaração como o último passo antes da aprovação. Em 2010, a FDA afirmou que o peixe era seguro como alimento, mas não tomou outras medidas desde então. Empresários da Aquabounty, que produz o peixe, especulam que o governo tem prorrogado qualquer ação por pressão de grupos que se opõem aos transgênicos. Críticos, que chamam o salmão de "frankenpeixe", temem que ele possa causar alergias ou até dizimar a população natural de salmões se a variedade transgênica procriar na natureza --sem contar os questionamentos éticos envolvidos. A empresa, que já gastou mais de US$ 67 milhões para desenvolver o peixe, afirma que há medidas protetoras contra problemas ambientais --uma delas é que só seriam criadas fêmeas estéreis, ainda que uma pequena porcentagem pudesse se reproduzir. O peixe transgênico recebeu um gene de hormônio do crescimento do salmão do Pacífico, que é mantido "funcionando" o ano inteiro por meio de um gene de um peixe similar a uma enguia. A combinação permite que o salmão chegue ao peso ideal para venda em 18 meses em vez de três anos. Ainda não está claro, porém, se o público aprovará o peixe, caso a FDA dê seu aval. Se o salmão entrar no mercado, os consumidores podem nem saber que estão comprando peixe transgênico, já que o produto não seria acompanhado de qualquer aviso caso seja decido que ele tem as mesmas propriedades do convencional. A empresa diz que o novo salmão é similar ao "normal" em sabor, cor e textura.

Consumo de tipo de açúcar pode aumentar fome

  Um tipo de açúcar muito usado pela indústria de alimentos parece estimular ligeiramente as áreas do cérebro ligadas à vontade de comer, em vez de sinalizar que já é hora de diminuir a ingestão de calorias, indica uma nova pesquisa. Se o resultado estiver correto, fica mais forte a ideia de que parte importante da culpa pela atual epidemia de obesidade mundial seria do uso indiscriminado de frutose, molécula que está presente nos sucos de fruta, no xarope de milho e em muitos outros produtos da indústria alimentícia, principalmente da americana. A nova pesquisa, publicada no "Jama", periódico da Associação Médica Americana, foi coordenada por Robert Sherwin, da Universidade Yale (EUA), e tem como coautora a médica brasileira Renata Belfort-DeAguiar. Num experimento bastante simples, a equipe submeteu um grupo de 20 adultos sadios (metade homens e metade mulheres), com idade média de 31 anos, a duas sessões de ressonância magnética funcional. Primeiro, a atividade cerebral dos voluntários era medida sem intervenção nenhuma, para ter uma ideia de seu estado "normal" durante o jejum (as pessoas chegavam ao laboratório às 8h, ainda sem tomar café da manhã). Depois, cada participante recebia 300 ml de uma bebida adocicada. A diferença é que, em metade dos casos, a bebida continha 75 gramas (ou 300 calorias) do açúcar glicose, enquanto nos outros casos o "adoçante" usado tinha sido a frutose, na mesma proporção. Já há várias pistas de que a frutose atua de forma diferenciada sobre o organismo. Bem mais doce do que a glicose, a molécula estimula apenas ligeiramente a produção de insulina, hormônio que, além de coordenar o metabolismo de açúcar, também ajuda o organismo a entender quando já comeu o suficiente. O mesmo parece valer para outros hormônios e moléculas sinalizadoras ligadas à sensação de saciedade. Ao analisar o cérebro dos voluntários durante a nova pesquisa, os cientistas de Yale prestaram atenção especial ao hipotálamo, região cerebral especialmente ligada ao controle do apetite. E o que eles viram parece dar peso ao suposto papel de vilão da frutose no aumento de peso. 

DIFERENÇAS Cerca de 15 minutos após a ingestão das bebidas doces, por exemplo, quem bebeu glicose teve uma redução significativa da atividade do hipotálamo (medida pelo fluxo sanguíneo nessa região do cérebro)- era como se o sinal de "estou com fome" tivesse diminuído. Já a ingestão de frutose nem fez cócegas no hipotálamo, ao menos nesse primeiro momento. Aliás, o que os pesquisadores observaram foi um aumento pequeno e passageiro da atividade dessa área cerebral. A reação das regiões do órgão que estão mais conectadas ao hipotálamo em seu papel de regulador do apetite também variou consideravelmente na comparação entre bebedores de glicose e bebedores de frutose. O resultado parece ser favorável à ideia de que é preciso reduzir o teor de frutose nos alimentos industrializados- esse açúcar é muito usado para melhorar o sabor da comida, em especial em países como os EUA. Os pesquisadores alertam, no entanto, que mais estudos são necessários para determinar com precisão as implicações clínicas dos achados. 

Consumo de café está ligado a menor risco de morte por câncer bucal, aponta estudo

O risco de morte por câncer de boca ou garganta foi 26% menor entre aqueles que beberam uma xícara de café por dia Nicholas Bakalar Do New York Times Um grande estudo descobriu que beber café está associado a um risco reduzido de morte por câncer bucal. O relatório foi publicado online este mês no periódico American Journal of Epidemiology. Os pesquisadores estudaram 968.432 homens e mulheres saudáveis desde 1982. Todos os questionários sobre saúde e hábitos alimentares foram completos, incluindo a quantidade de consumo de chá e café desde o início do estudo. Vinte e seis anos depois, 868 pessoas morreram de câncer de boca ou garganta. Após o ajuste para o tabagismo, consumo de álcool e outros fatores, os pesquisadores descobriram que o risco de morte por câncer de boca ou garganta foi 26% menor entre aqueles que beberam uma xícara de café por dia, 33% menor entre aqueles que beberam de duas a três xícaras por dia, e 50% menor entre aqueles que beberam de quatro a seis xícaras por dia, em comparação com aqueles que não beberam café com cafeína. Houve uma associação significativa da redução do risco com o café descafeinado, mas nenhuma associação com o chá. Os autores reconhecem que não puderam distinguir se os que bebem café apresentam menos probabilidade de desenvolver câncer bucal ou de garganta ou se possuem maior probabilidade de sobreviver à doença. A autora principal, Janet S. Hildebrand, da Sociedade Nacional de Câncer, disse que o mecanismo não era claro, mas que o café contém compostos que podem ter efeitos anticancerígenos. "Não estamos recomendando que as pessoas comecem a beber café para a prevenção do câncer", disse ela. "Mas esta é uma boa notícia para aqueles que gostam de café."

Guia indica quando é hora de um idoso deixar de morar sozinho

 A editora sênior do site Caring.com, Paula Spencer Scott, criou recentemente um guia para ajudar famílias a determinarem quando mudar parentes idosos de suas casas para ambientes mais controlados, ou então, trazer alguém para ajudá-los em casa. Os sinais e questões a seguir foram adaptados da lista de recomendações de Scott: 
– Acidentes ou problemas recentes, como quedas, emergências de saúde e pequenos acidentes de carro. 
– Recuperação lenta. Como foi o processo de recuperação das últimas enfermidades? Elas acabaram ficando mais sérias? Houve necessidade de ajuda médica? 
– Piora de uma condição crônica. É preciso recorrer a algum tipo de ajuda quando ocorre uma piora em problemas como obstruções pulmonares, demência ou insuficiência cardíaca congestiva.
 – Dificuldades de gestão de atividades do dia a dia, como vestir-se, tomar banho e cozinhar. 
– Mudanças físicas, como perda ou ganho de peso, aumento na fragilidade ou odores corporais desagradáveis. 
– Diminuição nas atividades sociais, incluindo passeios com amigos, visitas a vizinhos ou participação em eventos religiosos e outras atividades de grupo. 
– Muitos dias sem sair de casa, talvez por consequência da dificuldade de dirigir ou do medo de utilizar o transporte público. 
– Alguém faz visitas frequentes? Caso isso não seja possível, a casa possui sistema de alarme, um alarme pessoal ou um serviço diário de telefonemas? 
– Existe alguém nas proximidades que possa ajudar em caso de incêndio, terremoto, inundação, ou outro desastre? O idoso compreende o plano de ação em caso de catástrofe? 
– Correspondência desorganizada, espalhada ou fechada. O idoso possui contas atrasadas, bilhetes de agradecimento de instituições de caridade com as quais não contribui e pilhas de revistas fechadas? 
– Caso o idoso ainda dirija, acompanhe-o em uma viagem para conferir se ele se esqueceu de apertar o cinto de segurança ou de dar a seta antes de fazer uma curva; se apresenta sinais de preocupação, tensão ou distração durante a viagem; ou se existem marcas de acidentes que possam indicar falta de atenção. 
– Procurar sinais de falta de memória pela cozinha, tais como a presença de produtos perecíveis que já venceram há bastante tempo. 
– Eletrodomésticos de uso constante quebrados e sem conserto agendado. 
– Sinais de incêndios. Procure marcas de chamuscado nos botões do forno ou em cabos de panela, além de pegadores queimados e extintores de incêndio descarregados. As baterias de detectores de fumaça e monóxido de carbono estão carregadas? 
– Uma casa que já foi bem cuidada apresenta sinais de desorganização, sujeira, limo no banheiro e na cozinha e cestos repletos de roupa suja? 
– Plantas e animais de estimação abandonados. 
– Sinais de negligência no exterior da casa, como janelas quebradas, calhas e ralos cheios de sujeira, lixo espalhado e caixas de correio cheias de cartas. – Pergunte a amigos se o comportamento do familiar tem mudado recentemente. 
– Pergunte ao médico do idoso se você deveria se preocupar com sua saúde e segurança, ou se seria aconselhável contar com o trabalho de uma assistente social ou de um cuidador. Caso imagine que a pessoa irá resistir à ideia, peça ao médico para "prescrever" uma avaliação profissional. 
– Caso seja o principal cuidador, como está se saindo? Está se sentindo cada vez mais exausto, deprimido ou ressentido com todos os sacrifícios que precisa fazer por aquela pessoa? 
– Não se esqueça do estado emocional dos mais velhos. Se o idoso está ansioso e se sente cada vez mais solitário, talvez seja a hora de buscar as razões por trás disso.

Ignorar calorias do álcool ameaça dietas de Ano Novo

 Uma organização não-governamental lançou um alerta sobre o consumo de álcool e de que forma ele pode arruinar as expectativas das pessoas que, entre suas resoluções de Ano Novo, se comprometeram a perder peso em 2013. Segundo a ONG World Cancer Research Fund (WCRF), as pessoas que iniciam uma dieta muitas vezes se concentram nos alimentos que ingerem e ignoram o fato de que o álcool também tem muitas calorias e pode engordar. Entre as pessoas que bebem, o álcool representa em média cerca de 200 calorias por dia, ou 10% do total diário de calorias recomendado para as mulheres (2000 kcal) ou 8% do recomendado para os homens (2500 kcal), advertiu a ONG. "Reduzir o consumo de álcool pode ter um grande impacto na perda de peso e na manutenção de um peso saudável", disse Kate Mendoza, diretora da WCRF. CÂNCER Em número de calorias, o álcool tem 7 kcal/g e só perde para as gorduras (9 kcal/g), superando proteínas e carboidratos (4 kcal/g) e fibras (2 kcal/g). Uma taça grande (250 ml) de vinho, por exemplo, tem 178 calorias --o equivalente ao número de calorias consumidas em cerca de meia hora de caminhada acelerada. Além de levar a uma redução de peso, diminuir ou eliminar o consumo de álcool pode prevenir a ocorrência de câncer. Pesquisas demonstraram ligação entre as bebidas alcoólicas e casos de câncer de intestino, mama, boca e fígado.

Parar de fumar diminui ansiedade

Um estudo feito na Inglaterra com fumantes que estavam tentando abandonar o cigarro revelou que os que conseguiram deixar o tabagismo tiveram uma diminuição 'significativa' de seus níveis de ansiedade. A pesquisa, divulgada pela publicação científica British Journal of Psychiatry, acompanhou quase 500 fumantes que frequentam clínicas do sistema público de saúde britânico para parar de fumar. Os 68 dos que tiveram sucesso após seis meses relataram ter sentido uma redução dos seus níveis de ansiedade. A diminuição foi mais intensa entre aqueles que fumavam por transtornos de humor e ansiedade do que entre os que fumavam por prazer. Temor infundado Os pesquisadores - vindos de várias universidades, incluindo Cambridge, Oxford e King's College de Londres - afirmam que os resultados devem ser usados para tranquilizar os fumantes que tentam parar, já que mostram que as preocupações com o aumento dos níveis de ansiedade são infundadas. No entanto, o estudo sugere que uma tentativa frustrada de abandonar o cigarro pode aumentar levemente os níveis de ansiedade entre aqueles que fumam devido a transtornos de humor. Para aqueles que fumaram por prazer, uma recaída não alterou os níveis de ansiedade. O estudo foi publicado dias depois de o governo britânico ter lançado uma nova campanha de publicidade antitabagismo.