segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Exercícios físicos, cálcio e sol fazem bem aos ossos e evitam osteoporose




Além do leite, iogurte, queijo, sardinha e brócolis também têm cálcio.

Ao longo da vida, os ossos passam por um processo de destruição e construção. Antes dos 30 anos, o número de células de construção são maiores do que as destrutivas. O problema aparece após essa idade, quando essa proporção começa a se alternar e os ossos começam a ficar mais fracos e frágeis.
Para combater esses efeitos do envelhecimento e prevenir a osteoporose, os ginecologistas José Bento e Bruno Muzzi e o fisiatra José Maria Santarém deram algumas dicas no Bem Estar desta quinta-feira (22). Para aumentar a “poupança” de massa óssea, as recomendações principais são aumentar a ingestão de cálcio, praticar atividade física e tomar sol sem exageros, para obter vitamina D.
Arte Bem Estar Vitamina D (Foto: Arte/G1)
Segundo uma pesquisa recente feita pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), 60% das pessoas acredita que tomar apenas um copo de leite já é suficiente para evitar a doença. Porém, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), é de que a pessoa consuma no mínimo de 1.000 a 1.200 mg de cálcio por dia.
Em uma enquete feita no site do Bem Estar, 7% dos internautas respondeu que toma três copos de leite por dia. A maioria toma apenas um, dois ou não tomam a bebida - nesse caso, elas devem recorrer a outras fontes de cálcio, como queijo branco, ricota ou iogurte. Veja o resultado da votação no fim da página.
Essa indicação é ainda mais essencial para mulheres que já passaram pela menopausa, período em que a falta de estrogênio acelera a destruição do tecido interno do osso.
Estudos mostram que uma em cada três mulheres terá osteopenia depois dos 50 anos, um problema que aparece antes da osteoporose, que diminui a densidade óssea. Nesse período, no entanto, ainda é possível reverter ou estabilizar a situação com a ingestão de cálcio, vitamina D e exercícios. Porém, se não tratada, a osteopenia pode virar osteoporose.
A osteoporose não causa dor e não tem sintoma e, geralmente, a descoberta vem só após uma fratura, quando a doença já está em estágio avançado. Por isso, é importante realizar exames para diagnosticar a doença antes que ela cause problemas.
A densitometria óssea mede a densidade do osso e deve ser feita a partir dos 45 anos nas mulheres e a partir dos 65 anos nos homens. Caso seja detectada a osteoporose, ela pode estar ainda no estágio inicial, o que facilita na recuperação e no tratamento. O médico pode indicar medicamentos, suplementos de vitamina D ou até mesmo a reposição hormonal, no caso das mulheres.
A atividade física sempre ajuda, principalmente aquelas que comprimem os ossos, ajudando no aumento da massa óssea. O fisiatra José Maria Santarém explicou que até mesmo ficar em pé já ajuda na prevenção e também no tratamento da osteoporose. A musculação é a melhor opção mesmo para pessoas debilitadas porque a exigência muscular ajuda na remodelagem óssea e o risco de lesões é menor.
Uma opção de exercício para realizar em casa e fortalecer a musculatura é agachar segurando e deslizando um cabo de vassoura na perna, como mostrou o fisiatra. Na hora de descer, a pessoa deve expirar e espirar quando levantar. A dica do médico é fazer quantas vezes conseguir, até cansar. Ficar na ponta dos pés com o apoio do cabo de vassoura também traz benefícios não só para a musculatura, mas também para a circulação.

Aumentam no Brasil os novos casos de Aids em maiores de 50 anos


No Dia Mundial de Combate à doença, situação entre os mais velhos preocupa. Para especialista, preservativos são importantes em qualquer idade.


O número de novos casos entre maiores de 50 cresceu de 5803 para 6032 no mesmo período
Foto: AFP
O número de novos casos entre maiores de 50 cresceu de 5803 para 6032 no mesmo períodoAFP
RIO - O Boletim Epidemiológico Aids, divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde, mostrou a queda de crianças infectadas entre 2009 e 2011. Passou de 541 há dois anos para 469. Um detalhe, porém, chamou a atenção no outro extremo da pesquisa por idade. O número de novos casos entre maiores de 50 cresceu de 5803 para 6032 no mesmo período.
Quanto a infectados por 100 mil habitantes, diminuiu na faixa entre 50 e 54 anos (27,7 para 26,4) e na com mais de 60 anos (8,1 para 7,8), mas cresceu entre 55 e 59 anos (19,9 para 20,5). Os números, divulgados dias antes o Dia Mundial de Combate à Aids, realizado neste sábado, mostram que o poder público ainda tem muito a se preocupar com a doença.
Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e chefe do setor de geriatria do Hospital Balbino, Lenita Balbino alerta para o fato de que, mesmo depois dos 50 anos, é preciso fazer uso de preservativos.
— Muitos nessa idade ainda pensam no preservativo como forma de evitar apenas a gravidez, porém devem lembrar que o preservativo também evita as doenças sexualmente transmissíveis e o vírus HIV.