quinta-feira, 8 de novembro de 2012

LICHIA a fruta dos imperadores chineses.



De origem chinesa, a fruta Lichia (litchi chinensis sonn) é um pouco menor do que uma ameixa e possui uma casca grossa e avermelhada, que deve ser retirada na ho
ra de comer. Sua safra começa entre outubro e novembro e dura até o fim do primeiro mês do ano. A fruta é relativamente nova no Brasil entrando com força no país há cerca de quatro ou cinco anos, em regiões como o interior de São Paulo e de Minas Gerais.

Isso contribuiu para que o preço da lichia baixasse. Antes, ela era encontrada apenas como produto importado. É uma fruta doce e saborosa, apreciada na culinária brasileira, especialmente, em sucos, sobremesas e na caipirinha. A lichia é rica em nutrientes e um ótimo alimento funcional.

Pouco calórica (66Kcal em 100g da fruta), não contém gorduras, rica em fibras e água o que auxilia na perda de peso. Apesar de ser rica em carboidratos (16,5g em 100g da fruta), a lichia tem baixa carga glicêmica. Ou seja, tem baixa capacidade de fazer o organismo liberar insulina, hormônio que quando produzido em excesso favorece o aumento de gordura abdominal.

Também é riquíssima em vitamina C (cada 100 g de lichia tem 50 mg da vitamina) o que auxilia na imunidade e é antiinflamtória. A vitamina C ainda ajuda a controlar a taxa de colesterol no sangue e faz bem para a pele. O potássio também é um mineral presente nessa fruta, ajudando a manter a pressão arterial e a retenção de líquidos sob controle. E ainda podemos citar a presença de vitaminas do Complexo B na sua composição, tornando a lichia uma “ativadora” de metabolismo. Por ter uma ótima quantidade de líquidos na sua composição, a lichia contribui para a boa hidratação do organismo.

Alguns trabalhos científicos já apontaram que o consumo da polpa branca da Lichia – rica em flavonóides – pode prevenir o crescimento de células cancerosas. O pericarpo (casca) da lichia contem quantidades significantes de compostos fenólicos, antocianinas que são os principais polifenóis e indicando-a como um potente “varredor” de radicais livres e possuindo uma forte atividade antioxidante. As antocianinas desempenham uma função farmacológica importante contra varias doenças, como doenças cardiovasculares, câncer, inflamações e alergias.

Exame que revela expectativa de vida abre polêmica sobre divulgação de dados




RIO - Um exame de sangue capaz de revelar o quão rápido se está envelhecendo — e oferece a perturbadora possibilidade de estimar o quanto de vida resta — está previsto para ser posto à venda para o público em geral no Reino Unido no fim do ano que vem, informa reportagem do jornal "Independent". O controverso teste mede estruturas vitais na ponta dos cromossomos, conhecidas como telômeros, que os cientistas acreditam ser um dos mais importantes e acurados indicadores da velocidade do envelhecimento.
Os pesquisadores por trás do exame de 435 libras (cerca de R$ 1.150) dizem que será possível dizer se a "idade biológica" da pessoa, medida pelo comprimento de seus telômeros, é maior ou menor do que sua idade cronológica em anos. Embora os cientistas não acreditem que possam prever com exatidão o exato número de meses e anos que a pessoa ainda poderá viver, diversos estudos já mostraram que indivíduos com telômeros mais curtos que o normal tendem a morrer mais jovens do que os que têm telômeros mais longos.
Autoridades de saúde acreditam que os testes de telômeros se tornarão generalizados dentro de cinco a dez anos, mas já há cientistas que questionam seu valor e a necessidade de se estabelecer controles éticos mais estritos para seu uso. Além da preocupação sobre a reação das pessoas ao saberem o quão "velhas" estão, alguns pesquisadores temem que os exames de telômeros sejam usados por organizações inescrupulosas para vender remédios antienvelhecimento e outros elixires da juventude não comprovados cientificamente.
Os resultados dos testes também podem despertar o interesse de empresas que oferecem seguros de vida ou assistência médica, cujas coberturas dependem do risco de uma pessoa ficar seriamente doente ou morrer prematuramente. Já há crescente consenso científico de que o comprimento dos telômeros de uma pessoa pode ajudar a prever o risco de ela sofrer de males relacionados à idade que vão desde doenças cardiovasculares a Alzheimer e câncer.
— Sabemos que pessoas que nascem com telômeros menores que o normal têm uma expectativa de vida menor — diz Maria Blasco, do Centro Nacional de Pesquisa de Câncer da Espanha e inventora do novo teste comercial de telômeros. — Mas não sabemos ainda se telômeros mais longos se traduzem em uma expectativa de vida maior. Isso ainda não está comprovado em humanos. A novidade deste teste é que ele é muito preciso. Podemos detectar pequenas diferenças no comprimento dos telômeros com uma técnica muito simples e rápida que permite que muitas amostras sejam analisadas simultaneamente. E, o que é mais importante, podemos determinar a presença de telômeros perigosos, aqueles que são muito curtos.
A empresa de Blasco, chamada Life Length ("Duração da Vida", em tradução livre), está em negociações com empresas de diagnósticos médicos por toda Europa para vender o teste e coletar o sangue para análise em seu laboratório na Espanha. Um acordo com uma empresa no Reino Unido deve ser fechado dentro de um ano, acredita a médica.
— Precisamos que uma empresa de análises clínicas nos envie as amostras de sangue. Estamos em contato com diversos grupos interessados— conta Blasco.
A Life Length espera receber centenas de pedidos de pessoas interessadas em testarem seus telômeros e acredita que a demanda chegará a milhares depois de a companhia conseguir reduzir os custos dos exames com os ganhos de escala. Embora não seja a única empresa que esteja vendendo testes de telômeros, somente a Life Length está se preparando para vendas diretas ao público e tem um exame acurado o suficiente para ser de uso prático, destaca o professor Jerry Shay, do centro médico da Universidade do Sudoeste do Texas, em Dallas.
— O teste criado por Blasco é tão acurado que deverá fornecer mais informações úteis do que muitos dos outros exames atualmente no mercado — considera Shay, que também é consultor científico da Life Length. — O que importa no envelhecimento são os telômeros menores, que são os responsáveis por interromper o crescimento das células, e não o comprimento médio dos telômeros, que é o que os outros exames buscam. Todo mundo fala da sua idade cronológica, mas também existe a idade biológica e o comprimento dos telômeros é uma boa representação dela. Os telômeros são importantes e não há dúvidas quanto a isso.
Questionado sobre o interesse do público em geral em fazer o exame, Shay disse acreditar que “todos são curiosos quanto à própria mortalidade”.
— Se você perguntar para as pessoas qual a sua maior preocupação, a maioria vai dizer que é morrer. Elas podem dizer: "se vou morrer em 10 anos, vou gastar todo meu dinheiro agora", ou "se vou viver mais 40 anos, terei um estilo de vida mais conservador". O preocupante é que, se essa informação se torna verosímil, as companhias de seguros vão passar a exigí-la. Se você fuma ou é obeso, o prêmio de seu seguro é mais alto, e se você tiver telômeros mais curtos, ele também será.
As pesquisas sobre telômeros passaram a ser consideradas uma das áreas mais excitantes das ciências biomédicas atualmente. No ano passado, o Prêmio Nobel de Medicina foi dividido entre três cientistas pioneiros no campo. É interessante notar que uma das ganhadoras do Nobel, Elizabeth Blackburn, da Universidade da Califórnia em São Francisco, é uma entusiasta dos exames dos telômeros, enquanto uma outra, Carol Greider, da Escola de Medicina de Harvard, tem dúvidas quanto a seus benefícios.
— Você realmente acha útil ter um monte de empresas oferecendo exames do comprimento dos telômeros para que as pessoas saibam o quão velhas são? Acredito que não — disse ela em recente entrevista à revista "Science".
Blasco, ex-aluna de pós-doutorado no laboratório de Greider, no entanto, está mais certa dos benefícios:
— Será útil saber sua idade biológica e talvez mudar seus hábitos de vida se descobrir ter telômeros curtos.

Mitos e verdades sobre a relação entre o consumo de vinho e a saúde



 Para o bem ou para o mal, o vinho está diretamente ligado à saúde e ao bem-estar. Há marcas de cosméticos, como a Vinotage, que utilizam a uva e seus derivados para a produção de produtos de beleza, e centros de terapias, como o Spa do Vinho, na sede da Miolo, em Bento Gonçalves, com tratamentos que exploram as propriedades estéticas e medicinais da bebida e da uva. Se consumido em excesso, pode comprometer o funcionamento do organismo, mas médicos e cientistas afirmam que uma ou duas taças por dia contribuem para um melhor funcionamento do sistema cardiovascular. A seguir, alguns mitos e verdades na relação entre o néctar de Baco e a Medicina. 

SISTEMA CARDIOVASCULAR. Este é o único benefício comprovado por médicos e cientistas. Como afirma Arthur Azevedo, pediatra, consultor de vinhos e diretor executivo da Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo, "várias coisas são ditas a respeito de vinho e saúde, muitas sem nenhuma comprovação; dentro das revistas científicas, há algumas coisas comprovadas". Ele explica que "o sistema cardiovascular apresenta benefícios vistos com muita clareza, sem dúvida ou especulação". E continua: "É certa a redução de doenças cardiovasculares para quem consume vinho de forma moderada e regular. Isso significa, para homens, beber diariamente cerca de meia garrafa. Para mulheres, a metade disso. O ideal é que se beba uma taça no almoço e outra no jantar. Apreciar o vinho dessa forma todos os dias traz um real benefício, prevenindo infarto, acidente vascular cerebral, protegendo o endotélio e também evitando a coagulação do sangue, reduzindo a adesão de plaquetas. Como diz a sabedoria popular, é o afinamento do sangue. Hipertensos podem beber moderadamente, mas se aumenta a quantidade, a pressão sobe de maneira perigosa."

DIGESTÃO. Este é um mito. O consumo de vinho não auxilia a digestão, e pode até prejudicar. "Nem mesmo uma pequena quantidade auxilia a digestão dos alimentos. Mas os médicos recomendam o consumo durante a refeição simplesmente para retardar a absorção do álcool, que acontece de maneira muito rápida com o estômago vazio, de maneira que o fígado não consegue metabolizar, e assim o sangue recebe o que chamamos de álcool livre, que é prejudicial à saúde", afirma Arthur Azevedo.

ANEMIA. Sim, quadros de anemia podem melhorar com o consumo da bebida. "O vinho tinto tem uma quantidade razoável de ferro, e pode ser usado para melhorar a anemia", diz Arthur Azevedo.

CÂNCER. Para o cardiologista Daniel Goldwasser, que se dedica aos estudos sobre vinho e saúde, esse é outro mito: "Muito se diz que o consumo de vinho previne câncer, além de diabetes e Alzheimer. Não há nenhum estudo que comprove isso, ao contário, o consumo excessivo de vinho aumenta o risco de câncer de mama entre as mulheres, comprovadamente", afirma.

GRAVIDEZ. Neste caso, é um consenso: "Grávidas não podem consumir nada que contenha álcool", diz Arthur.

DOR DE CABEÇA. Muito se diz que a dor de cabeça que acomete as pessoas no dia seguinte ao consumo de vinho, mesmo que em quantidades pequenas, é devido ao uso indiscriminado de sulfitos, um conservante muito usado pela indústria, de maneira que os vinhos chamados naturais, sem aditivos do gênero, não causariam esse efeito. "Existem alimentos, como o damasco seco, com concentração muito maior de sulfitos, e que não causam dor de cabeça. Existem vários estudos para entender as razões da dor de cabeça que o vinho tinto pode provocar, e eles apontam para a tiramina, substância que leva à contração dos vasos sanguíneos, dando origem a crises de cefaleia. Não tem nada a ver com sulfitos", defende Daniel Goldwasser, cardiologista dedicado a estudos sobre vinho e saúde. Há ótimos vinhos naturais no mercado, com boa expressão de fruta, como os do Domínio Vicari, da Praia do Rosa (SC), e da Matsu (com rótulos bem interessantes, reproduzindo os rostos dos produtores).

RESVERATROL. É outro mito. "Um herói que surgiu nos últimos anos é o resveratrol, que teria propriedades antienvelhecimento e que reduziria a inflamação dentro dos vasos coronarianos, mas não há prova científica disso", diz Daniel.

Vitamina e hormônio serão indicados se houver deficiência, explica médico




CFM proibiu profissionais do país de indicarem terapia 'rejuvenescedora'.
Colágeno não aparece em decisão, mas é contestado por dermatologistas.

O consumo de vitaminas em cápsulas e hormônios via oral ou injetável está liberado no país desde que eles não tenham função antienvelhecimento, afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rubens de Fraga.
Nesta sexta-feira (19), o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu terapias anti-idade com vitaminas, hormônios e antioxidantes, sob o risco de cassação do registro do profissional que fizer essa indicação. Em 2010, havia sido vetado o uso do anestésico procaína e de vitaminas antioxidantes em megadoses. Desta vez, foram incluídos os hormônios e as substâncias químicas EDTA e DHEA.
“Se houver deficiência no organismo, como no caso de uma mulher durante a menopausa, o médico deve sugerir a reposição hormonal. Mas superdoses para pessoas normais não têm evidências científicas de que funcionem”, explica.
Suco de laranja (Foto: Reprodução EPTV)Consumir vitaminas de forma natural, como a C proveniente do suco de laranja, é o meio mais eficaz de combater os radicais livres do organismo e prevenir o envelhecimento, diz médica (Foto: Reprodução EPTV)
Fraga diz que o CFM chegou a essa conclusão após uma extensa revisão de estudos científicos. Segundo ele, o Brasil é o único país do mundo a ter esse tipo de regulamentação.
Além de não “rejuvenescerem”, hormônios em excesso podem causar vários problemas de saúde. Altas doses do hormônio do crescimento (GH), por exemplo, podem causar diabetes, pressão alta e tumores.
Já a testosterona pode provocar o crescimento das mamas e infertilidade em homens, e queda de cabelo, voz grave, desregulação do ciclo menstrual e aumento de pelos em mulheres. Em ambos os sexos, pode dar problemas cardíacos, no fígado e nos rins, hipertensão, acne e agressividade.
“Se um homem tiver falta de testosterona, vai poder repor. Mas não há evidências de que essa terapia evite que ele envelheça nem existe uma medicina antienvelhecimento. Isso incide, inclusive, na ética médica”, afirma Fraga.
Colágeno 
A paulista Luana Braga, de 23 anos, começou a tomar cápsulas de colágeno há seis meses para prevenir o envelhecimento, mas ainda não viu resultados. A substância é usada por muitas mulheres para melhorar a pele, os cabelos e as unhas, e não é citada especificamente na resolução do CFM.
Segundo Luana, a vontade surgiu após ela ter visto uma reportagem na TV sobre uma mulher de 50 anos com pele de 20. “Tomo um comprimido por dia, no café da manhã. Não fui ao médico, compro na farmácia mesmo”, diz a jovem, que reclama de rugas no canto dos olhos.
A mãe dela, de 43 anos, também faz suplementação com colágeno e, segundo a filha, antes disso já parecia mais nova.
“Eu também me cuido com protetor solar, faço academia e estou dentro do peso. Só não como muito bem”, afirma a moradora de Osasco, que tem 60 kg em 1,67 m.
A dermatologista Elisete Crocco, da Santa Casa de São Paulo, diz que o colágeno não previne o envelhecimento, mas pode ser um colaborador para mulheres acima dos 30 anos. Os resultados não são específicos para uma parte do corpo, porque o uso é oral e o corpo metaboliza o produto. Alguns resultados podem aparecem em três a quatro meses.
“O colágeno não é muito eficaz para o que se propõe. O que mais faz diferença na pele é induzir algum processo inflamatório, como laser e radiofrequência, pois aí a pele reage produzindo colágeno”, afirma Elisete.
De acordo com a médica, as cápsulas em geral são polivitamínicos, ou seja, não contêm apenas colágeno, mas também substâncias como pantenol, biotina e vitaminas A, B, C e D – o que pode potencializar a ação.
Alimentação é mais eficaz
Cápsulas que contêm outros compostos, como licopeno e selênio, também estão liberadas para reposição, desde que comprovada a necessidade, ressalta a dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Segundo ela, o que realmente ajuda a melhorar a pele é manter uma boa alimentação. Isso porque a aparência de uma pessoa aos 40 anos será reflexo do que ela comeu aos 20. Por isso, uma dieta rica em frutas e verduras na infância auxilia no combate aos radicais livres e às rugas no futuro. O ideal é consumir cinco porções de frutas e vegetais por dia, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Vitaminas valendo (Foto: Arte/G1)

Tratamentos antienvelhecimento com oxigênio ganham fama graças à adesão de celebridades



Madonna, Jennifer Lopez, Kate Middleton e Cameron Diaz já testaram a terapia

Cameron Diaz é uma das adeptas da oxigenoterapia Foto: Divulgação
Cameron Diaz é uma das adeptas da oxigenoterapiaDIVULGAÇÃO
RIO — Para muitas mulheres, a busca pela juventude virou algo tão necessário quanto o ar que elas respiram. A novidade é que, agora, o oxigênio tornou-se protagonista de tratamentos de beleza, com promessas de se atingir a tão desejada pele viçosa. Quem está chamando a atenção para eles são celebridades que se declaram adeptas, entre elas Madonna, Jennifer Lopez, Kate Middleton e Cameron Diaz. Para dermatologistas, ainda é cedo para garantir os efeitos antienvelhecimento, mas eles destacam o poder hidratante e potencializador do O2.
O frenesi em torno do gás aumentou na última semana de julho. Durante a turnê “MDNA”, a cantora Madonna foi flagrada por paparazzi, em Paris, quando saía do hotel seguida por um de seus ajudantes carregando uma máquina australiana de oxigenoterapia. Sim, um desses equipamentos milionários vistos em consultórios dermatológicos. A popstar tem um só para ela, que, pelo visto, leva por onde vai.
O que acontece é que, com o passar dos anos, os níveis de oxigênio diminuem no nosso corpo e a consequência é o envelhecimento. Com a tal máquina, chamada Intraceuticals, a pessoa recebe diretamente sobre a pele uma alta concentração de oxigênio, próximo a 95% (o ar que respiramos possui apenas 21%). Juntamente com esse processo, é aplicado um soro, que contém partículas de ácido hialurônico e algumas vitaminas, como A, C e E. A promessa é um rosto mais luminoso e descansado.
A dermatologista Fernanda Casagrande explica ainda que quando inalamos agentes tóxicos do ar, como poluição, fumaça de cigarro etc., geramos um estresse celular e uma liberação de radicais livres que prejudicam o funcionamento celular de todo o corpo.
— Com a oxigenioterapia, estaria sendo devolvido oxigênio para o corpo, e as células se regenerariam — explica a dermatologista.
Mas apesar de pesquisas com relatos de quem já experimentou, não existe ainda nenhum estudo científico que confirme o poder rejuvenescedor destacado, muitas vezes, por fabricantes e clínicas, segundo Fernanda. Por isso, a maioria dos médicos aborda o tema com cautela. A dermatologista Paulina Kede, por exemplo, esclarece que hoje, de fato, fala-se muito em estresse celular e como ele provoca a diminuição da oxigenação da pele. E não há dúvidas de que menos oxigênio leva a um maior desgaste celular.
— O que não está provado é que curtas e esporádicas aplicações seriam eficazes para reverter esse desgaste — esclarece.
Para Denise Barcelos, também dermatologista, não se pode mesmo afirmar que esse tipo de aparelho atue diretamente no rejuvenescimento interferindo na produção de colágeno, mas ela defende que o tratamento possui um efeito interessante na melhora da hidratação da pele. Além disso, tem o poder de aumentar a absorção de substâncias. Por isso mesmo, normalmente é associado com ativos, como o ácido hialurônico. A médica não prescreve o tratamento, mas confessa que adora — e usa — um cosmético que contém oxigênio (sim, isso também existe!)
— É uma máscara facial americana em forma de emulsão que, quando aplicada, promove liberação de moléculas de oxigênio. Como hidrata, dá um up na pele, uma revigorada, como se removesse as células mortas. É indicada para peles fatigadas e pode ser usada antes da maquiagem ou na manhã seguinte a uma noite mal dormida — explica.
Blogueiras antenadas garantem que a princesa Kate Middleton apostou em uma dessas máscaras no dia do “sim” a William.
Por aqui, é mais comum encontrar tratamentos à base do “gás da moda” em clínicas estéticas. Na Arthys, na Barra, o Oxygen WS é uma máquina de terapia hiperbárica tópica. O O2 é projetado diretamente na pele, com uma alta pressão, graças à câmera hiperbárica. O tratamento, indolor, não deixa marcas, custa R$ 500 por sessão e é potencializado ainda com a aplicação de oxigênio em spray, misturado a ativos, e um creme facial após as sessões.
Que tal uma banheira recheada de oxigênio? É outra forma de apostar no poder do gás. A hidrozonioterapia consiste em adicionar ar ozonizado, uma mistura de oxigênio com ozônio, sob pressão, na água de uma banheira, em quantidades e concentrações que podem variar conforme o tratamento. A aparência é de uma banheira cheia de bolhas. A médica e geriatra Karine Bezerra, à frente do spa médico Levitate, na Barra da Tijuca (onde meia hora de imersão custa R$ 100), recomenda o banho para situações em que a pessoa apresenta exaustão física, cansaço e insônia e para problemas circulatórios.
— A pele ainda fica macia, hidratada e livre de toxinas — complementa.
Cirurgiões plásticos também estão de olho no oxigênio puro. Isso porque ele teria a capacidade de acelerar a recuperação de procedimentos cirúrgicos, assim como faz a drenagem linfática. Em uma lipoaspiração, por exemplo, a sessão de oxigenoterapia hiperbárica pode diminuir edemas e inflamações. O cirurgião plástico Marcelo Daher, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, explica que o tratamento impulsiona o processo de oxigenação do sangue e, por consequência, melhora as condições biológicas gerais do paciente e a cicatrização. Mas, segundo ele, ainda é muito restrito porque a técnica não é acessível a todos.
— Poucos lugares na cidade oferecem o tratamento com câmera hiperbárica — diz. — Funciona como um coadjuvante no processo de cicatrização.
Por esse mesmo motivo, também ajuda a “acalmar” o rosto após um peeling de cristal, deixando a pele aveludada.