sábado, 25 de agosto de 2012

Quase metade dos homens sofre com a redução dos níveis de testosterona.


Quase metade dos homens sofre com a redução dos níveis de testosterona.


RIO - Que os homens também passam por uma espécie de menopausa - chamada distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (Daem) - já se sabia há tempos. O que uma pesquisa acaba de revelar é que os sintomas característicos a essa fase da vida são muito mais comuns do que se pensava: mais da metade dos homens entrevistados, todos com mais de 40 anos, sentem irritabilidade, e 49,4% deles notaram uma diminuição das ereções matinais. Em contrapartida, é também aos 40 que as mulheres modernas chegam ao ápice da vida sexual, segundo outro estudo. Segundo os especialistas, nessa idade elas consideram o sexo fundamental, querem espontaneidade e diálogo na vida sexual e defendem a importância da satisfação do parceiro.
Para o primeiro estudo, os voluntários responderam se sofriam de outros sintomas do Daem, como dor nas articulações e nos músculos, nervosismo, alterações do sono, esgotamento físico, redução da força muscular, diminuição do desempenho sexual, cansaço e depressão. A pesquisa foi coordenada pelo Projeto Sexualidade (Prosex), do Hospital das Clínicas de São Paulo. (Conheça os números do estudo)
- As queixas podem ser originadas por diversos fatores, mas a alta incidência de três ou mais sintomas característicos do Daem nos leva a checar o quadro - disse a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Prosex, ressaltando que poucos entrevistados dosaram seus níveis hormonais este ano. - Menos de 2% dos homens se referem à falta de hormônios sexuais, mas os sintomas do Daem são comuns. Isso pode indicar a ausência de diagnóstico.
Quase todos fazem sexo
O "Estudo populacional do envelhecimento masculino" contou com 10.161 brasileiros (55,7% homens e 44,3% mulheres) de 18 estados brasileiros (incluindo o Rio) e do Distrito Federal. Dos entrevistados, 96,9% se declararam sexualmente ativos. Entre os homens, 74,4% são casados ou vivem com a companheira, 55,4% estão empregados, 58,8% consomem regularmente bebidas alcoólicas e 64,2% não fumam. O estudo do Prosex teve apoio do laboratório Schering do Brasil.
Impotência masculina preocupa brasileiras
No Brasil, 45% das mulheres acreditam que a impotência sexual pode interferir fortemente na qualidade da relação do casal. A preocupação é maior do que a das habitantes dos outros 13 países que também participaram do estudo "O sexo e a mulher moderna". Apresentado no Congresso da Sociedade Européia de Medicina Sexual (ESSM, na sigla em inglês), a pesquisa traçou o perfil da chamada mulher "vital sexual".
- Mais que desejar uma vida sexual ativa e de qualidade, essas mulheres demonstram um pensamento muito similar ao do homem, pois classificam o sexo como um dos mais importantes pilares do relacionamento. Para 76% das mulheres que participaram do estudo, o sexo é importante ou muito importante - destaca o sexólogo e presidente do ESSM, John Dean.
Embora a preocupação com a impotência seja grande, 71% das mulheres latinas assumem não estar devidamente informadas sobre o problema.

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