sábado, 25 de agosto de 2012

Pesquisa com executivos revela que 42,6% dos homens e 54,6% das mulheres estão na faixa de estresse excessivo.


Pesquisa com executivos revela que 42,6% dos homens e 54,6% das mulheres estão na faixa de estresse excessivo.


RIO - O estresse é o inimigo número um dos executivos cariocas. Isso é o que demonstra a pesquisa realizada pelo Vita Check-Up Center, centro especializado em medicina preventiva do Rio de Janeiro, com cerca de sete mil clientes da cidade. Dos avaliados, 76,5% eram do sexo masculino e 23,5% do feminino, com idade média de 45 anos, entre os homens; e de 41 anos, entre as mulheres. Observou-se que 42,6% dos homens e 54,6% das mulheres estão em faixas de estresse excessivo, que são as de graus 3 e 4.
- Esses níveis elevados podem, frequentemente, trazer reflexos na saúde, no relacionamento pessoal, familiar e profissional, acarretando queda de desempenho de produtividade no trabalho e na atividade intelectual e sexual - analisa a Dra. Márcia Merquior, psicóloga responsável do Vita Check-up Center.
Os reflexos do estresse na saúde do profissional são representados pelos números. Em relação à pressão arterial, por exemplo, constatou-se que um quarto do grupo, ou seja, 26,7% dos homens e 22,4% das mulheres, apresentam níveis elevados.
- É um índice alto para a faixa etária estudada em relação à população total. Cerca de 10% em ambos os sexos estão com níveis compatíveis com o que consideramos como pré-hipertensão - explica o Dr. Antonio Carlos Till, clínico geral e cardiologista, diretor do Vita Check-Up Center.
Till considera que há dois lados nessa questão: o posicionamento pessoal e o da empresa.
- É muito importante que a pessoa mude os seus hábitos alimentares, durma bem, pratique atividades físicas, dentre outras posturas favoráveis ao bem estar. Porém, a empresa também deve se comprometer em oferecer boas condições aos seus colaboradores, como instalar uma academia, criar um espaço de relaxamento e de convivência entre os funcionários. Essa postura demonstra preocupação e valorização ao trabalho do funcionário.
O sedentarismo é um dos fatores que preocupa no resultado do levantamento. Constatou-se que 47,3% dos analisados são sedentários. A obesidade, uma das consequências da ausência de exercícios físicos, também preocupa: 65% dos executivos apresentam sobrepeso ou obesidade, contra 29,7% das executivas. Apesar do peso médio inferior, a medida da circunferência abdominal feminina, um importante dado de risco cardiovascular, apresentou-se tão elevada quanto a dos homens (27,5%), atingindo 25,9% das avaliadas.
- A questão do sobrepeso e da obesidade merece muita atenção. Ela está na base de muitas doenças, como a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, problemas articulares, musculares e distúrbios de sono. Esse fator, associado ao sedentarismo, é muito perigoso, já que 60% das doenças que a pessoa pode desenvolver durante a vida estão ligadas aos hábitos pouco saudáveis - analisa Till.
Uma das alterações advindas do sobrepeso é o colesterol em níveis elevados. Na pesquisa, foi observado que mais da metade do grupo masculino (54,8%) está na faixa acima da normalidade. Dentre as mulheres, 41,8% foram identificadas com níveis de colesterol elevados.
Em termos de fatores de risco cardiovascular evidenciou-se que 75% de ambos os sexos possuem pelo menos um fator. São considerados fatores de risco a presença de histórico familiar de doença coronariana e diabetes, histórico pessoal de hipertensão arterial, diabetes, fumo, sedentarismo e obesidade.
- Se o funcionário estiver estressado e doente não será produtivo. A exaustão impede que qualquer um exerça as suas funções de maneira satisfatória, mesmo estando presente no ambiente de trabalho. Os gestores precisam entender que investir em um local de trabalho saudável e agradável fará bem à produção de sua empresa - analisa Márcia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário