quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Atividades na meia-idade diminuem riscos de doenças crônicas no futuro.



Com exercícios aeróbicos como caminhada e corrida, chances de desenvolver problemas como mal de Alzheimer no final da vida caem 20%.


OS PESQUISADORES examinaram os dados de 18.670 pacientes
Foto: Márcia Foletto
OS PESQUISADORES examinaram os dados de 18.670 pacientesMÁRCIA FOLETTO
RIO - Praticar atividades aeróbicas como caminhar e correr durante a meia-idade não só ajuda a prolongar a expectativa de vida, mas também aumenta as chances de envelhecimento saudável, livre de doenças crônicas no futuro, conclui estudo do Instituto Cooper. Por décadas, pesquisas mostraram que um alto nível de exercício cardiorrespiratório diminui o risco de morte, mas não se sabia até que ponto poderiam ter influência com o passar do tempo.
— Descobrimos que estar em forma não é apenas uma maneira de adiar o inevitável, mas também um método para reduzir o aparecimento da doença crônica nos últimos anos de vida — diz Jarrett Berry, autor do estudo.
Os pesquisadores examinaram os dados de 18.670 pacientes, homens e mulheres, do Estudo Longitudinal do Centro Aeróbico do Instituto Cooper, banco de dados com mais de 250 mil registros médicos mantidos durante um período de 40 anos. Análises mostraram que, quando pacientes aumentaram as atividades físicas em 20% na meia-idade, conseguiram diminuir as chances de desenvolver uma doença crônica, como insuficiência cardíaca, mal de Alzheimer e câncer de cólon. Os efeitos foram iguais em homens e mulheres.
— O estudo demonstra que as atitudes tomadas em determinado momento da vida podem ter efeitos mais tarde — explica Benjamin Willis, coautor da pesquisa.

Chocolate pode reduzir risco de derrame cerebral.



Os que ingerem mais o alimento têm menos 17% de chance de ter um derrame. Associação alerta que resultado não pode servir de desculpa para substituir exercícios e dieta.


O EFEITO benéfico do consumo de chocolate pode estar relacionado aos flavonóides no chocolate
Foto: Divulgação
O EFEITO benéfico do consumo de chocolate pode estar relacionado aos flavonóides no chocolateDIVULGAÇÃO
O chocolate pode proteger contra acidente vascular cerebral (AVC). Um estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, com 37 mil homens mostrou que os que ingerem mais o alimento são os menos propensos a terem um derrame. O estudo foi publicado pela revista Neurology.
Todos os participantes foram questionados sobre os hábitos alimentares e a saúde monitorada por uma década. Eles foram divididos em quatro grupos, com base na quantidade de chocolate ingerido a cada semana. No extremo inferior estavam os homens que praticamente não o comiam. No superior, os que comiam cerca de 63 gramas, pouco mais do que uma barra média. Na comparação final, os que ingeriam mais chocolate tinham 17% menos chance de ter um derrame.
Detalhe importante é que, apesar de pesquisas recentes apontarem o chocolate escuro como o mais benéfico para o coração, a opção preferida da maioria dos participantes era ao leite.
Segundo a pesquisadora Susanna Larsson, autora do estudo, o efeito benéfico do consumo de chocolate pode estar relacionado aos flavonóides no chocolate.
— Estes fitoquímicos podem proteger contra doenças cardiovasculares, diminuindo as concentrações sanguíneas do mau colesterol e reduzindo a pressão arterial — declarou à Neurology.
A Associação Britânica de AVC, porém, alerta para a conclusão não ser usada como desculpa para se comer mais chocolate.
— Pesquisas anteriores já demonstraram que o alimento pode, sim, reduzir o risco de um derrame, mas se consumido como parte de uma dieta saudável e equilibrada. O chocolate não pode substituir o exercício regular e uma boa alimentação — diz Clare Welton, diretor da instituição.


domingo, 26 de agosto de 2012

EUA lançam guia para envelhecer sem tomar muitos remédios


Novas regras da Sociedade Americana de Geriatria sugerem rigor no consumo de medicamentos a partir dos 60 anos

Natalia Cuminale
PEDRO RUBENS
(PEDRO RUBENS)
"Teme a velhice, porque ela nunca vem só", pontificava o filósofo grego Platão no século IV a.C. Hoje, envelhecer, ainda que inexorável, é infinitamente mais tranquilo, saudável e até certo ponto controlável do que era na antiguidade. No entanto, apesar de todos os avanços na medicina da longevidade, a velhice realmente nunca vem só. Cuidar dos problemas relacionados ao envelhecimento significa consumir uma batelada de comprimidos e cápsulas. Um idoso toma de cinco a dez medicamentos diferentes todos os dias. Não bastassem os riscos inerentes a qualquer remédio, nessas quantidades há o perigo das interações medicamentosas. Um terço dos idosos, indicam levantamentos recentes, sofre as consequências do mau uso de medicamentos. Nos Estados Unidos, ele é a causa de 28% das internações a partir dos 60 anos. "A cada novo composto acrescido à rotina de um paciente mais velho, o risco de problemas sobe 10%", diz Milton Gorzoni, coordenador de geriatria da Santa Casa de São Paulo. Com o aumento da expectativa de vida, o problema tende a se agravar. Em 2050, conforme dados da Organização Mundial de Saúde, o número de homens e mulheres com 60 anos ou mais deve pular de cerca de 690 milhões para quase 2  bilhões — 64 milhões deles no Brasil.
Com o objetivo de orientar médicos e pacientes, a Sociedade Americana de Geriatria lançou recentemente as novas diretrizes sobre o uso de medicamentos por idosos. Concebida por onze especialistas de várias áreas, a cartilha foi elaborada a partir da revisão de 2 000 estudos científicos sobre o assunto e traz 53 medicamentos, de trinta classes diferentes, potencialmente perigosos para os mais velhos. A primeira diretriz foi publicada em 1991 e a última atualização tinha acontecido em 2003. De lá para cá, 38 medicamentos ou classes de substâncias foram acrescidoAs à lista e outros dezenove retirados. Entre os que foram mantidos, decidiu-se agora pelo estabelecimento de novas recomendações para alguns. É o caso dos benzodiazepínicos, consumidos com bas­tante frequência para o controle da ansiedade. Em 2003, a Sociedade Americana de Geriatria sugeria usá-los em doses baixas. Atualmente, aconselha evitá-los, sob o risco de causarem problemas de memória, confusão mental aguda, quedas e fraturas (veja o quadro abaixo).

CUIDADO REDOBRADO

O que dizem as novas diretrizes da Sociedade Americana de Geriatria sobre as cinco classes de medicamentos mais consumidas pelos idosos
CLASSEBENZODIAZEPÍNICOSANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINAANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAISANTICOLINÉRGICOSANTIESPASMÓDICOS
Marcas mais conhecidasLorax, Valium, Rivotril e FrontalProzac, Zoloft, Pondera e LuvoxAspirina, Naprosyn, Cataflam e AdvilRetemic e DetrusitolBuscopan e Atroveran
IndicaçãoAnsiedade e insôniaDepressão moderada a graveDores musculares e articulares e doenças reumatológicasIncontinência urináriaDesconforto intestinal
O que diz a nova cartilhaDevem ser evitados, sob o risco de levarem a déficit cognitivo, confusão mental aguda, quedas e fraturasDevem ser evitados, sob o risco de levarem a déficit cognitivo, confusão mental aguda, quedas e fraturasDevem ser a última opção de tratamentoDevem ser evitados sob o risco de piorar a constipação intestinal e causar fadiga e confusão mental
O perigo O metabolismo do idoso é mais lento e esses remédios demoram a ser degradados, o que pode sobrecarregar o fígadoO metabolismo do idoso é mais lento e esses remédios demoram a ser degradados, o que pode sobrecarregar o fígadoMuito consumidos pelos idosos devido à recorrência dos quadros de dor, esses medicamentos podem levar a hemorragias estomacais e insuficiência renalTanto os anticolinérgicos quanto os antiespasmódicos bloqueiam a ação do neurotransmissor acetilcolina, já baixa entre os idosos

Fonte: Fontes: Milton Gorzoni, coordenador do departamento de geriatria da Santa Casa de São Paulo, e Rubens de Fraga Júnior, geriatra da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, baseados nos critérios de Beers da Sociedade Americana de Geriatria (American Geriatrics Society Updated Beers Criteria for Potentially Inapropriate Medication Use in Older Adults)

Todo medicamento oferece riscos. Para um idoso, eles são maiores porque seu organismo funciona de forma mais lenta. A composição corporal muda. Os músculos tendem a ser substituídos por gordura e a concentração de água diminui. As células de defesa do organismo tornam-se menos eficientes e os ossos ficam mais frágeis. O fígado e os rins demoram a eliminar os compostos ativos dos medicamentos. "Se tomado diariamente, um comprimido do benzodiazepínico diazepam pode ficar circulando por 200 horas no organismo de um idoso", diz o geriatra Rubens de Fraga Júnior, da Sociedade Brasileira de Geriatria. "No organismo de um jovem, ele é descartado em apenas seis horas." Há também os remédios contraindicados devido ao modo como os idosos tendem a usá-los. Os anti-inflamatórios não hormonais, a classe dos populares Aspirina, Advil e Cataflam, estão entre os mais consumidos pelos mais velhos. Metade das pessoas com 60 anos ou mais sofre de dores crônicas. Soma-se a isso o fato de que esses anti-inflamatórios são vendidos sem receita e tem-se o cenário para o abuso e o agravamento das reações adversas. Entre elas, hemorragias estomacais e insuficiência renal.
A cartilha da Sociedade Americana de Geriatria não contempla os fitoterápicos, como ginkgo biloba e ginseng, entre tantos outros. Aparentemente inofensivos, quando combinados a outros remédios, esses compostos podem trazer consequências graves, como insônia, aceleração cardíaca e sangramentos. "Em geral, o idoso não informa ao médico que usa fitoterápicos achando que os naturais não oferecem perigo", diz Gorzoni. "Sem saber por quê, o paciente pode sofrer uma série de efeitos colaterais e tomar outros remédios para tratá-los." É uma reação em cadeia de riscos evidentes.

Conselho Federal de Medicina condena terapia antienvelhecimento



Para os médicos do CFM, não há evidências científicas dos benefícios do tratamento

idoso
Segundo o conselho, a redução na produção de alguns hormônios não pode ser considerada causa do envelhecimento(Thinkstock)
Nesta segunda-feira, um parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM) condenou as terapias antienvelhecimento. Os tratamentos questionados são baseados na prescrição de hormônios e outras substâncias como antioxidantes e vitaminas para retardar ou combater o envelhecimento dos pacientes.
O parecer informa que não há evidências científicas que justifiquem a prática, que pode inclusive fazer mal à saúde de quem recebe o tratamento. O documento serve de alerta pacientes e médicos sobre os riscos do tratamento e abre espaço para punições a profissionais de saúde que aplicarem terapias antienvelhecimento.
Os autores da avaliação afirmam que o envelhecimento é uma fase normal do ciclo da vida, e não deve ser tratado como doença. Nessa fase, é comum os níveis de alguns hormônios caírem, sem que isso possa ser considerado causa do envelhecimento.
O CFM alerta que diversos órgãos de regulação, tanto nacionais quanto internacionais, se posicionam contra a manipulação hormonal em indivíduos saudáveis. “Prescrever hormônio do crescimento para 'rejuvenescer' um adulto que não tem deficiência desse hormônio é submetê-lo ao risco de desenvolver diabetes e até neoplasias”, diz Gerson Zafallon Martins, Coordenador da Câmara Técnica de Geriatria do CFM.
De acordo com o parecer, a especialidade médica antienvelhecimento não é reconhecida na União Europeia e nos Estados Unidos. A diretoria do CFM confirmou que o documento servirá de base para uma resolução que proibirá o uso de hormônios e práticas de antienvelhecimento no Brasil.

Nos últimos quatro anos, a entidade cassou o registro profissional de cinco médicos que praticavam os procedimentos sem comprovação científica. Outras dez punições também foram aplicadas a outros médicos.
 

Falta de ômega-3 pode antecipar problemas de envelhecimento cerebral



Pessoas que possuem menos níveis do nutriente no sangue sofrem antes com deficiência de memória e raciocínio

Ômega 3: dieta deficiente pode ter relação com comportamentos depressivos
Ômega 3: estudo conclui que a baixa ingestão do nutriente leva mais cedo ao envelhecimento cerebral (Ablestock.com/ Thinkstock)
Um estudo publicado nesta terça-feira no periódico Neurology sugere que pessoas que seguem uma dieta deficiente em de ômega-3, nutriente comumente encontrado em peixes, linhaça, castanha e azeite, podem sofrer antecipadamente com o processo natural de envelhecimento do cérebro. Elas, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, são acometidas mais cedo por problemas como a perda de memória e o declínio de habilidades cognitivas.

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COGNIÇÃO
Conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O envelhecimento provoca naturalmente problemas cognitivos, que podem avançar para quadros mais graves, como o comprometimento cognitivo leve, que é a diminuição da função mental e comprometimento da memória, do pensamento, da capacidade para aprender e do juízo, e para demências como a doença de Alzheimer.
Para chegar a tais resultados, foram analisados 1.575 homens e mulheres entre 67 e 76 anos que não apresentavam nenhum sinal de demência. Os participantes fizeram ressonância magnética no cérebro, além de testes que mediram a função mental, a massa corporal e os níveis de ômega-3 nas células do sangue.
Ao final dos testes, o grupo de pessoas que apresentou os menores índices de ômega-3 tinha 25% menos quantidade do nutriente no sangue do que o grupo que demonstrou maior presença do ácido graxo. Esses indivíduos com menos ômega-3 no sangue demonstraram menor volume cerebral nas ressonâncias magnética e resultados inferiores dos testes de memória visual e função executiva do cérebro, como resolução de problemas e capacidade de pensar em várias coisas ao mesmo tempo.
“O volume cerebral das pessoas que consumiam menos ômega-3 era inferior ao daquelas que tinham mais níveis do nutriente nas células, mesmo em indivíduos livres de demência. E essa diferença no cérebro foi equivalente a um processo de envelhecimento cerebral dois anos mais avançado”, afirma o coordenador do estudo, Zaldyn Tan.

Componente do vinho tinto pode ajudar a reduzir quedas entre idosos



Pesquisa indicou que resveratrol, também encontrado em chás, cebola e tomate, melhora o equilíbrio e o desempenho motor entre pessoas mais velhas

Vinho tinto, um aliado da saúde
Vinho tinto: bebida possui um componente chamado resveratrol, que, segundo uma nova pesquisa, pode ser um aliado na redução de quedas entre idosos (Stockbyte)
O resveratrol, composto presente no vinho tinto — mas que também pode ser encontrado no mate, em chás, na cebola e na maçã —, pode ajudar a melhorar a mobilidade, o equilíbrio e evitar quedas entre idosos, concluiu um novo estudo da Universidade de Duquesne, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, não está claro de que maneira a substância age no organismo, mas eles acreditam que o componente evita a morte de neurônios no cérebro, melhorando o desempenho motor das pessoas mais velhas.
“Nossa pesquisa sugere que um composto natural, que pode ser obtido por meio da alimentação ou de suplementos dietéticos, pode realmente aumentar a qualidade de vida dos idosos e reduzir o risco de hospitalização e até de mortes decorrentes de quedas”, afirma a coordenadora do estudo, Jane Cavanaugh, que apresentou os resultados nesta segunda-feira no encontro anual da Sociedade Americana de Química, na Filadélfia.
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Esse não é o primeiro estudo que indica algum efeito positivo do resveratrol no organismo. Outras pesquisas mostraram que a substância, por ser um agente antioxidante, que evita o envelhecimento das células, pode contribuir com a saúde cardiovascular e até reduzir o risco de câncer.
Esse trabalho se baseou em testes feitos com camundongos. Durante oito semanas, tanto os animais mais velhos quanto os mais jovens receberam suplementos de resveratrol. Eles foram testados periodicamente quanto à capacidade de atravessarem uma passarela de aço sem darem passos em falso. No indício da pesquisa, os camundongos mais velhos apresentaram uma dificuldade significativamente maior do que os mais jovens em atravessar a viga e passar por obstáculos. Porém, ao final das oito semanas, esses animais passaram a cometer menos erros, chegando a apresentar um desempenho quase igual ao dos mais novos. O trabalho, no entanto, não chegou a uma conclusão sobre a quantidade ideal de resveratrol que deve ser ingerida ao dia, já que os testes foram feitos com animais.

Não é para você

Apesar de a bebida alcoólica, com moderação, proporcionar benefícios para a saúde, ela não é indicada para todos. Existem pessoas que não devem ingerir quantidade alguma de álcool, já que os prejuízos são muito maiores do que as vantagens. Sinal vermelho para quem tem os seguintes problemas:
Doença hepática alcoólica: é a inflamação no fígado causada pelo uso crônico do álcool. Principal metabolizador do álcool no organismo, o fígado é lesionado com a ingestão de bebidas alcoólicas.

Cirrose hepática:
 o álcool destrói as células do fígado e é o responsável por causar cirrose, quadro de destruição avançada do órgão. Pessoas com esse problema já têm o fígado prejudicado e a ingestão só induziria a piora dele.

Triglicérides aumentado: 
o triglicérides é uma gordura tão prejudicial quanto o colesterol, já que forma placas que entopem as artérias, podendo causar infarto e derrame cerebral. O álcool aumenta essa taxa. Portanto, quem já tiver a condição deve manter-se longe das bebidas alcoólicas.

Pancreatite: a doença é um processo inflamatório do pâncreas, que é o órgão responsável por produzir insulina e também enzimas necessárias para a digestão. O consumo exagerado de álcool é uma das causas dessa doença, e sua ingestão pode provocar muita dor, danificar o processo de digestão e os níveis de insulina, principal problema do diabetes.

Úlcera: é uma ferida no estômago. Portanto, qualquer irritante gástrico, como o álcool, irá piorar o problema e aumentar a dor.

Insuficiência cardíaca: por ser tóxico, o álcool piora a atividade do músculo cardíaco. Quem já sofre desse problema deve evitar bebidas alcoólicas para que a atividade de circulação do sangue não piore.

Arritmia cardíaca: de modo geral, ele afeta o ritmo dos batimentos cardíacos. A bebida alcoólica induz e piora a arritmia.               


Redobre a atenção

Há também aqueles que devem ter muito cuidado ao beber, mesmo que pouco.Tudo depende do grau da doença, do tipo de remédio e do organismo de cada um.
Problemas psiquiátricos: o álcool muda o comportamento das pessoas e pode alterar o efeito da medicação. É arriscada, portanto, a ingestão de bebida alcoólica por aqueles que já têm esse tipo de problema.

Gastrite: é uma fase anterior à úlcera e quem sofre desse problema deve tomar cuidado com a quantidade de bebida alcoólica ingerida. Como pode ser curada e controlada, é permitido o consumo álcool moderado, mas sempre com autorização de um médico.

Diabetes: 
Todos os diabéticos devem ficar atentos ao consumo de álcool. A quantidade permitida dessa ingestão depende do grau do problema, dos remédios e do organismo da pessoa. Recomenda-se, se for beber, optar por fazê-lo antes ou durante as refeições para evitar a hipoglicemia.

Pessoas ansiosas envelhecem mais rápido.



Mulheres que relatam mais ansiedade têm menores telômeros, estruturas do DNA cujo encurtamento está associado ao envelhecimento

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Ansiedade acelera processo de enevelhecimento do organismo, diz estudo (ThinkStock)
A ansiedade, especialmente aquela que leva um indivíduo a ter fobias, acelera o processo de envelhecimento natural do ser humano, segundo pesquisadores do Hospital Brigham and Women, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Em um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico PLoS One, esses especialistas mostraram que quanto mais ansiosa uma pessoa é, menor o tamanho de seus telômeros, uma estrutura do DNA associada à duração da vida e à boa saúde.

Saiba mais

TELÔMEROS
São as 'tampas' das extremidades do cromossomo, uma forma de proteção similar à presente nas pontas de um cadarço de tênis. Sempre que um cromossomo é replicado para a divisão celular, os telômeros encurtam. Esse encurtamento tem sido visto por diversos cientistas como um marcador biológico do envelhecimento, o relógio que marca a duração da vida de uma pessoa e sua condição de saúde.
 
Os autores da pesquisa analisaram amostras de sangue de 5.243 mulheres com idades entre 42 e 69 anos para medirem o comprimento dos telômeros de cada uma. Essa estrutura, localizada na extremidade dos cromossomos, diminui de tamanho cada vez que ocorre a divisão celular — e quanto mais curta, maior a probabilidade do surgimento de doenças associadas ao envelhecimento, como câncer, demência e até mesmo morte. Além disso, as participantes responderam a questionários sobre níveis de ansiedade e se passaram por eventos de fobia no último ano.
Segundo os resultados, maiores níveis de ansiedade e maior número eventos de fobia foram associados a telômeros de comprimento significativamente mais curto. “Muitas pessoas tentam entender de que maneira o stress pode acelerar o envelhecimento”, diz a coordenadora do estudo, Olivia Okereke. “Essa pesquisa é notável, pois estabelece uma conexão entre uma forma comum de stress psicológico, que é a ansiedade acompanhada de fobia, e um mecanismo plausível para envelhecimento prematuro. No entanto, precisamos de novos trabalhos para saber mesmo se é a ansiedade que provoca o encurtamento dos telômeros, ou se é o contrário”.

Depressão pode acelerar processo de envelhecimento.



Assim como o stress, a depressão foi relacionada com um encurtamento dos telômeros, marcador biológico do envelhecimento

A depressão é uma doença tratável que afeta o estado de humor da pessoa
A depressão é uma doença tratável que afeta o estado de humor da pessoa (Thinkstock)
Um estudo que acaba de ser publicado no periódico Biological Psychiatry afirma que o stress e a depressão podem ter uma relação direta no processo de envelhecimento. De acordo com a pesquisa, as duas condições têm uma característica em comum: um encurtamento precoce dos telômeros, que é o indicador cromossômico do envelhecimento do organismo. Isso significa que, assim como pessoas estressadas tendem a envelhecer mais rapidamente, aquelas que têm depressão correm o mesmo risco.

Saiba mais:

TELÔMEROS
São as 'tampas' das extremidades do cromossomo, uma forma de proteção similar à presente nas pontas de um cadarço de tênis. Sempre que um cromossomo é replicado para a divisão celular, os telômeros encurtam. Esse encurtamento tem sido visto por diversos cientistas como um marcador biológico do envelhecimento, o relógio que marca a duração da vida de uma pessoa e sua condição de saúde.
O stress tem inúmeros efeitos danosos no corpo humano. Parte desses efeitos podem ser sentidos, como dores no estômago ou perda de cabelos. Muitos, no entanto, são invisíveis, como o encurtamento dos telômeros. Estudos recentes ja vinham relacionando o stress e a depressão a um encurtamento prematuro dos telômeros.
A resposta humana ao stress é regulada pelo eixo hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA). Esse eixo controla os níveis de cortisol no corpo — alterações nas taxas do hormônio podem indicar situações de stress. O eixo HPA tende a não funcionar normalmente em pessoas com depressão e/ou doenças relacionadas ao stress.
Pesquisa — No estudo, os cientistas mediram o comprimento dos telômeros em pacientes com transtorno depressivo maior (depressão) e também em pessoas saudáveis. Foram medidos ainda os níveis de stress, tanto biologicamente, pelo cortisol, quanto subjetivamente, pelo uso de questionários. Descobriu-se, então, que o comprimento dos telômeros eram menores em pacientes com depressão – o que confirmava as hipóteses anteriores.
De acordo com Mikael Wikgren, coordenador do estudo, a descoberta sugere que o stress tem um papel importante na depressão. "O comprimento dos telômeros era especialmente mais curto em pacientes com sensibilidade demais no eixo HPA. Essa resposta ao HPA foi relacionada ao stress crônico e à baixa habilidade em lidar com o stress", diz.
Para John Krystal, editor do Biological Psychiatry, a relação entre o stress e o encurtamento dos telômeros vem crescendo consideravelmente. "As descobertas atuais sugerem que os níveis de cortisol podem contribuir para o processo, mas não é claro ainda se o comprimento dos telômeros tem um significado além de biomarcador", diz.

Opinião do especialista

Ricardo Alberto Moreno
Coordenador do Programa de Doenças Afetivas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP

"A depressão deixa o indivíduo mais suscetível a outras doenças e pode agravar o curso de doenças pré-existentes. A pesquisa é mais uma evidência de que processos deletérios ao organismo ocorrem em paralelo ao episódio depressivo. Assim, a depressão não é apenas o indivíduo que chora ou que está triste ou desanimado. Com esse estudo, temos mais evidências de que na depressão o organismo é acometido como um todo, em seus vários sistemas de funcionamento."

exames solicitados




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Hemograma completo
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Glicose, Uréia, Creatinina
Hemoglobina glicada A1C
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VHS
Proteína C reativa ultra sensível
Proteínas totais e frações: albumina e globulinas
Ácido úrico
Lipidograma, hepatograma
LH, FSH, Testosterona total, testosterona livre e biodisponível, SHBG
Estradiol
SDHEA
T3, T4, TSH
Homocisteina
IGF-1
25 hidroxi vitamina D, vit D3, vit 12, folato
Ferro sérico, ferritina
PSA total, PSA livre, relação livre/total
HIV
EAS, urinocultura, TSA, contagem de colônias

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Densitometria óssea e corporal

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Eletrocardiograma

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Eco doppler das artérias carótidas

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Ecocardiograma

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Espirometria


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raios X de tórax PA e perfil


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Sr.

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Ultra som abdominal total








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sábado, 25 de agosto de 2012

Nove em dez homens impotentes são sedentários, diz pesquisa em SP.


Fumantes representam 40% dos pacientes com problemas sexuais.
Centro de Referência da Saúde do Homem fez estudo entre 2011 e 2012.

Uma pesquisa realizada entre janeiro de 2011 e maio de 2012 pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, em São Paulo, revela que 90% dos pacientes atendidos com queixas de impotência sexual são sedentários.
Além disso, dos 300 homens por mês que procuraram o serviço estadual para tratar a disfunção erétil, 40% eram fumantes. A maioria tem mais de 40 anos e já havia tentado outros tratamentos e remédios orais anteriormente. Cerca de 40 médicos ajudaram no levantamento.
O aumento da gordura corporal pode atingir os vasos sanguíneos, tornando-os mais rígidos e sem dilatação, e também diminuir a testosterona, o hormônio masculino.

"Pelo que se conhece da literatura médica, a relação do sedentarismo com a impotência é indireta. O problema está ligado às consequências da falta de atividade física, como obesidade, diabetes, colesterol alto e hipertensão. Essas são as vias finais que levam ao aparecimento ou à piora da disfunção", explica o urologista responsável pelo centro, Joaquim Claro.
No caso do cigarro, a ligação com a perde do desejo sexual é mais direta: ele obstrui os vasos, que levam menos sangue até os corpos cavernosos do pênis. Segundo Claro, os fumantes com mais de 55 anos geralmente apresentam algum grau de impotência. A atuação do tabaco nas artérias é similar ao de fatores orgânicos como a diabetes, explica.
Impotência (Foto: Arte/G1)
O estresse, a depressão e outros fatores psicológicos ou emocionais também interferem nos sinais cerebrais e podem desencadear a impotência, que atinge até 25 milhões de brasileiros acima dos 18 anos pelo menos uma vez na vida. Na faixa dos 40 anos, mais de 40% não conseguem ter relações com suas parceiras ou parceiros por esse motivo.
Os médicos destacam que o homem precisa reconhecer quando essas falhas são eventuais e quando é o momento de procurar ajuda. A disfunção sexual pode ser tratada com terapia, medicamentos ou com a implantação de uma prótese peniana, mas só um especialista é capaz de fazer o diagnóstico da doença e indicar o melhor tratamento.

Estudo indica que injeções de testosterona podem ajudar homens a perder peso.


Homens com mais de 60 anos que receberam o tratamento perderam 16 quilos, em média, em cinco anos

Obesidade: Entre 2006 e 2009, quatro milhões de brasileiros atingiram o estágio da obersidade mórbida, segundo o Ministério da Saúde
Acima do peso: homens com baixos níveis de testosterona podem emagrecer com reposição hormonal (Creatas Images/ThinkStock)
Homens mais velhos com níveis baixos de testosterona podem perder peso tomando suplementos de hormônio masculino, revelou um estudo apresentado nesta quarta-feira no Congresso Europeu de Obesidade em Lyon, na França. De acordo com a pesquisa, após cinco anos recebendo o hormônio, os indivíduos, que não tinham quantidades suficientes de testosterona no organismo, perderam, em média, 16 quilos.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Restoring testosterone to normal levels in elderly men is efficacious in weight reduction. a follow-up study over 5 year

Onde foi divulgada: Congresso Europeu de Obesidade em Lyon, França

Quem fez: Farid Saad e equipe

Instituição: Bayer Pharma

Dados de amostragem: 115 homens de 61 anos

Resultado: Após cinco anos recebendo injeções de testosterona, os homens perderam, em média, 16 quilos e tiveram uma redução de 107 para 98 centímetros da circunferência abdominal.
"Aumentar a testosterona para níveis normais reduziu o peso corporal, a circunferência abdominal e a pressão sanguínea, além de melhorar os perfis metabólicos", ressaltou um comunicado sobre a pesquisa, chefiada por Farid Saad, da gigante farmacêutica alemã Bayer.
Ao todo, 115 homens de 61 anos de idade e com produção insuficiente de testosterona receberam injeções do hormônio. Após cinco anos, eles perderam, em média, 16 quilos e tiveram uma redução na circunferência abdominal de 107 para 98 centímetros. Segundo os autores do estudo, as melhorias foram progressivas ao longo do período da pesquisa.
Cautela — A testosterona, hormônio esteroide secretado pelos testículos do homem e, em menor quantidade, pelos ovários da mulher, afeta o desenvolvimento cerebral e o comportamento sexual, e tem sido vinculado por alguns pesquisadores ao câncer de próstata e a doenças cardíacas. "Níveis de testosterona aumentados melhoram a energia e a motivação para se fazer exercícios físicos e movimentos em geral; a testosterona também aumenta a massa corporal magra, dando mais energia aos pacientes", escreveram os autores no comunicado sobre o trabalho.

Saiba mais

TERAPIA HORMONAL
Embora pouco utilizada pelo sexo masculino, a injeção hormonal pode ajudar os homens a perder peso, melhorar humor, desempenho sexual e evitar colesterol altos. Porém, é um procedimento indicado somente àqueles com baixos níveis de testosterona, já que o excesso do hormônio pode provocar problemas como trombose. Em relação às mulheres, a reposição hormonal é mais utilizada para aliviar os sintomas da menopausa. No entanto, seu uso ainda gera controvérsia, já que o hormônio feminino está relacionado ao aumento do risco dos cânceres de útero e de mama. Portanto, antes de um médico recomendar a terapia a uma paciente, ele deve levar em consideração fatores de risco como histórico de cânceres na família e tabagismo para avaliar se a injeção do hormônio valerá a pena.
No entanto, alguns especialistas pedem cautela em relação aos resultados. "É bem possível que um medicamento que melhora o humor de pessoas de meia idade ao longo de um período de tempo provavelmente as torne mais ativas e as ajude a perder um pouco de peso, mas a testosterona é uma droga séria e traz sérios efeitos para a saúde", afirmou Sanjay Kinra, especialista em obesidade e pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Para Kinra, há "centenas de coisas lá fora" que poderiam fazer as pessoas perderem peso em curto prazo, mas apenas uma mudança no estilo de vida asseguraria que se mantenham magras. "Como tratamento em massa para a obesidade, ela (a testosterona) não é significativa porque não se trocaria o risco de desenvolver câncer de próstata ou doença cardíaca por um pouco de perda de peso, que não será duradoura de qualquer forma, e só se manterá no período em que se estiver tomando testosterona", diz.

Opinião do especialista

João Eduardo Nunes Salles
Endocrinologista, membro da diretoria da Regional de São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP) e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa

"O estudo confirma a relação entre nível de testosterona e facilidade de ganho de peso. Embora já se saiba que a reposição do hormônio provoca esse benefício, o procedimento é pouco usado e, muitas vezes, feito de maneira errada. A injeção de testosterona deve somente ser utilizada em homens que, de fato, possuem deficiência do hormônio. O excesso de testosterona pode aumentar o risco de problemas como trombose e lesão hepática.
É óbvio que a principal causa da obesidade não é a falta de testosterona no organismo, mas sim o sedentarismo, maus hábitos alimentares e predisposição genética. Porém, obesos que têm deficiência do hormônio podem ter mais dificuldade em emagrecer do que obesos com taxas normais de testosterona.
Isso acontece pois a ação do hormônio aumenta massa magra no corpo do homem. A massa magra, por sua vez, determina a taxa metabólica basal (quantidade de caloria gasta pelo corpo em repouso) de uma pessoa. Portanto, testosterona e uma taxa basal saudável ajudam a evitar ganho de peso.
Esses dados devem incentivar médicos e pacientes com problemas de obesidade a buscarem saber se têm deficiência em testosterona. Pois, se tiverem, e somente nesse caso, podem ter a reposição do hormônio como uma aliada. Além disso, a injeção de testosterona também pode ajudar o homem em outros problemas, por exemplo melhorando a disposição física e o humor, diminuindo quadros depressivos e melhorando colesterol.

Hipertensão com início na meia idade eleva risco de infarto.


Hipertensão com início na meia idade eleva risco de infarto

Mudança da pressão arterial na meia-idade prevê com mais precisão as chances de ocorrência de um ataque cardíaco ou de um derrame

Pressão arterial: evitar a hipertensão durante a meia idade - entre 41 e 55 anos - reduz riscos de derrame e ataque cardíaco
Pressão arterial: evitar a hipertensão durante a meia idade - entre 41 e 55 anos - reduz riscos de derrame e ataque cardíaco (Thinkstock)
Uma elevação abrupta da pressão sanguínea na meia idade pode aumentar significativamente os riscos de ataque cardíaco e derrame durante a vida. De acordo com um estudo publicado no periódico Circulation, os riscos para essas doenças cardiovasculares são 30% maiores para aquelas pessoas que viram sua pressão aumentar entre os 41 e os 55 anos.
As estimativas para o risco cardíaco são, costumeiramente, feitas com uma única medição da pressão sanguínea. Quanto mais alto os valores encontrados, maiores os riscos. A nova pesquisa, no entanto, expandiu essa prática. Isso porque ela demonstra que um preditor mais apurado é a mudança dos valores da pressão arterial de quando o paciente tem 41 anos para os 55 anos.
“Descobrimos que quanto mais conseguirmos prevenir a hipertensão, menores serão os riscos de doenças cardiovasculares”, diz Norrina Allen, coordenadora do estudo e professora assistente de medicina preventiva na Universidade de Northwestern. “Mesmo aquelas pessoas com pressão sanguínea normal precisam garantir que ela se mantenha assim, e não comece a se elevar nesse período da meia idade.”
Pesquisa - O estudo analisou dados de 61.585 participantes. As leituras de pressão começaram quando eles tinham 41 anos e foram medidas novamente aos 55 anos. Os voluntários foram, então, acompanhados até a ocorrência do primeiro ataque cardíaco ou derrame, ou em caso de morte ou de completarem 95 anos.
Homens que desenvolveram pressão alta na meia idade ou que sempre a tiveram tinham 70% mais riscos de ataque cardíaco ou derrame, frente a 41% para aqueles que mantiveram os níveis baixos ou que conseguirem reverter um quadro de pressão alta ao longo do tempo. Para as mulheres, os índices eram de 50%, frente a 22%. Homens geralmente têm 55% de risco de doenças cardiovasculares durante a vida; mulheres, 40%.
“Nossa pesquisa sugere que se pode tomar medidas preventivas para manter a pressão sanguínea baixa, assim há uma redução nas chances de um ataque cardíaco ou derrame”, diz Donald M. Lloyd-Jones, coautor do estudo. “Manter uma alimentação saudável, combinada a exercícios e controle de peso, pode ajudar a reduzir a pressão. E, assim, os riscos para doenças cardiovasculares futuras.”

10 dicas para viver mais.


10 dicas para viver mais.


Comer e dormir bem, estar em constante atividade, tomar sol, beber água, consultar o médico regularmente e cultivar a espiritualidade são as dicas dos especialistas.


ALIMENTAÇÃO — A boa alimentação diminui a necessidade de remédios, diz o especialista em envelhecimento Kose Horibe. E, para se alimentar bem, não há mistério, diz a nutricionista Mônica Dalmácio: “Prefira os alimentos frescos, frutas, legumes, verduras, carnes, e evite o que é enlatado, empacotado, embutido, cheio de conservantes, sal e gordura. O problema hoje é que, por falta de tempo, as famílias não comem mais arroz e feijão, e o índice de consumo de frutas, legumes e verduras é baixíssimo. As pessoas preferem comer alimentos industriais, sem pensar no que isso pode acarretar no futuro”. Substâncias industrializadas como embutidos, gorduras e doces podem aumentar a produção de radicais livres

ÁGUA — O mais importante é beber água, para fazer os órgãos funcionarem bem: em média 2,5 litros por dia, segundo o geriatra Márcio Niemeyer. Quem faz atividade física pesada produz mais radicais livres, e deve tomar ainda mais cuidado com a hidratação. Toda ingestão de líquidos entra nesta conta, mas algumas bebidas são melhores que outras: quem toma muita Coca-Cola, exemplifica o médico, deixa de absorver cálcio e fósforo na quantidade ideal. E nada de beber água demais para enganar a fome.

EXAMES PERIÓDICOS — É melhor prevenir do que remediar. Fazer exames na frequência determinada pelos especialistas ou procurar um médico ao perceber que algo não vai bem evitará maiores problemas. O médico Alexandre Kalache lembra que exames preventivos, como a mamografia, para o câncer de mama, e técnicas como o toque retal, no caso do câncer de próstata, podem salvar vidas.

SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS — Só devem ser usados por atletas ou pessoas com problemas para ingerir um determinado nutriente. Quem está bem de saúde pode até se prejudicar se tomá-los: uma pessoa que ingira muita vitamina A, por exemplo, fica mais propensa a sofrer lesões e a ter hepatite. Se a vitamina em excesso no organismo for a E, o risco é ter um distúrbio na coagulação do sangue.

MENOS É MAIS — Comer menos é bom. A partir dos 30 anos, as funções do corpo iniciam uma linha descendente; logo, ele não precisa de tantas calorias para se manter. O correto é comer moderadamente, a cada três horas. Pode-se somar uma média de 20 calorias por quilo para calcular as necessidades diárias, diz Márcio Niemeyer.

EQUILÍBRIO — Além de comer bem, dormir o suficiente, praticar exercícios e evitar vícios, equilibrar o tempo dedicado a trabalho, família e amigos evita o estresse e, portanto, previne males como depressão e ansiedade e proporciona mais qualidade de vida.

ATIVIDADE CONSTANTE — Aqui não se fala apenas em exercício físico. Especialista em antienvelhecimento, o cirurgião plástico Kose Horibe diz que nossa cultura é a de trabalhar e, depois, deixar o corpo repousar, na época da aposentadoria. Mas, comparando nosso corpo a uma máquina, ele diz que é preciso manter-se ativo: afinal, o homem foi “projetado” para tal.

SOL — É praticamente a única fonte de vitamina D, e fundamental para evitar problemas ósseos e dentários, diz Mônica Dalmácio. Outra é o óleo de fígado de bacalhau. A nutricinista recomenda de 15 a 20 minutos de exposição ao sol por dia, nos horários adequados (bem cedo ou no fim da tarde).

ESPIRITUALIDADE — Kose Horibe lembra que até a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que, para ter saúde, é preciso ter equilibrío entre corpo, mente e espírito, no sentido de estar em harmonia com a natureza.

NUNCA É TARDE — Claro que o ideal é cuidar-se desde cedo, mas Alexandre Kalache diz que mesmo quem começa a fazer atividades físicas em idade avançada tem ganhos osteomoleculares, emocionais e na capacidade ventilatória, além de prevenir ou controlar problemas como hipertensão, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

Grãos integrais, frutas, legumes, nozes e chocolate fazem parte da dieta da longevidade.


RIO - Quer ter uma vida longa e saudável? Então siga o exemplo de pessoas que vivem em regiões onde passar dos 90 anos é comum. Em Okinawa, no Japão, 50 a cada 100 mil pessoas chegam aos 100 anos de idade, enquanto a média mundial é de 10 para cada 100 mil. O mesmo acontece nas ilhas de San Blas, na costa do Panamá, onde a incidência de doenças coronarianas é dez vezes menor do que a média. O segredo dos longevos está, em parte, na alimentação. Uma dieta rica em frutas, verduras e gorduras boas, e pobre em latícinios e carnes ajuda a prolongar a vida, indicam diversos estudos. 
Coração saudável
Para viver bem, é importante manter o coração saudável. Um dieta pobre em gorduras saturadas, como as encontradas na carne e nos laticínios, pode ajudar a diminuir os níveis de colesterol. As frutas e as verduras, que são ricas em fibras, vitaminas e minerais, nutrem o corpo sem sobrecarregá-lo. Estudos mostram que uma dieta vegetariana pode ajudar a manter o peso ideal e diminui o risco de doenças cardiovasculares.
Já os grãos integrais melhoram o trânsito intestinal e fornecem antioxidantes. No maior estudo feito sobre alimentação, que avaliou a saúde de mais de 160 mil mulheres e ficou conhecido como o Nurse's Health Study, pessoas que mantinham uma dieta rica em frutas, verduras e grãos e pobre em latícinios e carne tinham menos risco de diabetes tipo 2, pressão alta e infartos.
Outra dica é comer diariamente nozes e frutas oleagenosas como castanha do pará e amêndoas. Ricas em gorduras boas elas ajudam a controlar o colesterol, diminuindo o colesterol ruim. O chocolate amargo também pode ser aliado. Ele ajuda a diminuir a pressão e melhora quadros de resistência à insulina. Mas, para trazer benefícios, o doce tem que ter ao menos 70% de cacau. 
Cérebro turbinado
Quer ficar com a memória afiada? Cuide tão bem do seu cérebro como você cuida do seu coração, indicam diversos estudos. Uma dieta rica em frutas, verduras e gorduras boas como o azeite ajudam a proteger a memória. Frutas da família das 'berries', como o morango, a framboesa e o mirtilo retardam os efeitos do envelhecimento. O suco de uva é outro aliado na prevenção de certos tipos de demência. Os peixes ricos em ômega 3, como o atum, o salmão e a sardinha, podem proteger o cérebro após derrames e ajudam a regenerar os neurônios.
Quem não come esta carne deve investir na linhaça, outro alimento rico em gorduras boas do tipo ômega. Se você adora um cafézinho no meio da tarde, não se preocupe. Vários estudos têm demostrado que até cinco xícaras pequenas por podem ter um efeito positivo na saúde. Um estudo finlandês feito com mais de mil pessoas e publicado no "Journal of Alzheimer's Disease" mostrou que pessoas que bebiam de três a cinco xícaras de café por dia tinham um risco até 65% menor de ter a doença.